Algarve
Algarve um conjunto de cores da serra e do mar, em que os dourados, os verdes e os azuis ressaltam à vista, uma região extensa com um clima mediterrânico, demarcada pelos seus odores da maresia às flores silvestres, das suas cores e das suas gentes.
Uma região que se torna um mundo quando é visitada, quando é explorada, quando é atravessada pela vastidão da orla litoral, em que as mais belas praias da Europa surgem com os seus recortes e falésias exorbitantes que criam sombra nos extensos areais. Passando para os centros urbanos e rurais, que se sentem pelo aromas que deixam a mente saborear o gostinho da gastronomia algarvia, juntando uma paisagem única, de tirar o fôlego.
O Algarve subdivide-se em três faixas, do litoral, barrocal e a serra. Enquanto é no litoral que se encontra maior atividade económica e a costa algarvia é bastante diversificada a nível paisagísticos com os seus areias extensos, costas exorbitantes, lagoas, sapais e outras formações dunares, formadas por rochas sedimentares, que também se aglomeraram para criar os relevos aplanados por campinas e várzeas. Já, o barrocal é uma zona que age como transição, entre a costa e a serra, que é composta por rochas calcárias e xistosas. Esta zona também conhecida como beira-serra e é a principal fornecedora de produtos agrícolas das terras algarvias. E, na zona da serra, esta é formada por rochas xistosas e graníticas, nomeadamente em Monchique, onde está um maciço de sienito nefelínico; portanto, os conjuntos principais montanhosos são a Serra de Espinhaço de Cão, a Serra de Monchique e a serra do Caldeirão ou Mú.
Portanto, atravessar o Algarve é um momento de encontro com locais com um interesse ecológico, ricos em biodiversidade e ecossistemas e locais com séculos de tradição que se mantém intacta, em que o artesanato das gentes que os manufaturam com técnicas ancestrais e com os contrastes da tranquilidade interior com a animação das costas.
O património edificado, arquitetónico, civil, militar, religioso e cultural são pontos de paragem obrigatória, desde a arquitetura das casas caiadas, com platibandas coloridas e belas chaminés, juntando os campanários das igrejas e museus que apresentam o seu variado espólio dos antepassados algarvios.
Porém, para aqueles que apreciam a prática de desporto ao ar livre, existem campos de golfes, tanto na costa e montes, e pelos quais os caminhantes e amantes corridas têm milhares de percursos pelos 16 concelhos do Algarve: Alcoutim, Albufeira, Aljezur, Castro Marim, Faro, Loulé, Lagos, Lagoa, Monchique, Olhão, Portimão, São Brás de Alportel, Silves, Tavira, Vila do Bispo e Vila Real de Santo António.
Um pouco da história do Algarve
Um pouco por todos os concelhos é possível encontrar encantos e segredos de Portugal e da sua história, em que decorre uma viagem no tempo, que conta com inúmeros testemunhos desde povos a culturas, que passaram pelo Algarve e deixaram as suas marcas.
Desde os milenares vestígios neolíticos às infraestruturas romanas e herança muçulmana, passando pela reconquista cristã até aos momentos de ouro dos Descobrimentos portugueses. As marcas imemoriais e intemporais são apresentadas das mais diversas formas, desde coleções temporárias e permanentes sobre um determinado espólio, história, conto ou vestígio de escavações arqueológicas, todos estes visam a promoção de um património que tem ainda muito por descobrir e explorar.
O Algarve foi um ponto de passagem entre a Península Ibérica e outros povos, que vinham de Norte de África ou da zona do Mediterrâneo, estabelecendo sempre uma ligação através do imenso mar que banhas a costa algarvia.
A influência árabe marcaram durante mais de cinco séculos, esta região, começando apenas pelo nome de Al-Gharb, O Ocidente, a sua presença prolongou-se do século VIII ao XIII, desde a agricultura, arquitetura dos monumentos, rendilhados dos terraços e chaminés ou no branco da cal que cobre o casario de muitas localidades algarvias. Neste sentido.
As terras algarvias são as últimas a serem reconquistas aos mouros, em meados do século XIII, após vários e longos avanços e recuos, finalmente a reconquista cristã é ajudada pelos Cavaleiros da Ordem de Santiago, liderados por D. Paio Peres Correia, para que no reinado de D. Afonso III fosse colocado fim à presença árabe no Algarve, porém Silves, Tavira e Faro, muito importantes pelas suas posições estratégicas, são finalmente tomadas aos mouros.
Séculos mais tarde, no século XV, com a expansão marítima portuguesa, as terras e gentes algarvias obtêm um novo vigor, especialmente Lagos e Sagres ficam sempre ligadas ao Infante D. Henrique e aos Descobrimentos. Ainda nos dias de hoje, na Ponta de Sagres está um gigantesco dedo de pedra apontar para o Oceano Atlântico numa alusão à coragem dos navegadores algarvios, como Gil Eanes, que domaram os mares e procuraram novos mundos.
São longas as histórias e de longe se contam, porém mantêm-se presentes na alma algarvia e espalham-se pela região, em cada museu, igreja, fortes e castelos, gentes e tradições.
Assim, o Algarve apresenta-se com um património único, com uma história única, como um destino único.