Ilha de Santa Maria
Santa Maria apresenta-se com uma superfície de 97 km2 e pertence ao Grupo Oriental dos Açores. Acredita-se que Diogo de Silves foi o primeiro português na ilha, no ano de 1427, contudo, outros dizem que foi Gonçalo Velho Cabral, navegador e freire da Ordem de Cristo, que a encontrou em 1431. Porém, é certo que Santa Maria teve o primeiro contacto com civilização humana, tendo sido iniciado a sua povoação, em 1439, ano em que capitão-donatário Gonçalo Velho e um grupo de colonizadores fixaram amarras na Praia dos Lobos.
Estes colonos desenvolveram a economia local que assentava no cultivo do pastel, uma planta tintureira, de corante azul, para tingir têxteis na Flandres, também se apoiaram na produção de trigo e na extração de barro, para a produção de loiças e telhas.
Nos séculos XVI e XVII, em Santa Maria desembarcaram corsários ingleses, franceses, turcos e árabes do Norte de África, durante uma época atribulada e de ocupação moura. Reza a lenda que parte da população tinha de se refugiar na Furna de Santana, fugindo assim dos saques, incêndios, torturas e raptos.
Nos séculos XVIII e XIX, Santa Maria foi marcada pela prosperidade nas culturas da vinha, trigo, milho, pomares de fruta, batata e inhame, juntamente com a exportação da indústria têxtil.
No século seguinte, com a inauguração do aeroporto, uma nova dinâmica surge na ilha, permitindo a sua evolução e progresso. Já durante a Segunda Guerra Mundial, as forças americanas uniram-se com as forças açorianas, visto que os Açores tinham uma posição estratégica, útil na luta antissubmarina.
Terminada esta época, o aeroporto de Santa Maria adapta-se para efeitos civis, modelando-se para a escala de aviões, principalmente aqueles que atravessavam o Oceano Atlântico. Hoje em dia, este aeroporto mantém o seu papel de controlo de tráfego aéreo sobre a massa atlântica, sendo mesmo uma base para a economia de Santa Maria, seguindo-se pelas atividades agropecuárias e piscatórias.