Ilha de São Miguel

A ilha de São Miguel é considerada a maior ilha do arquipélago, com cerca de 62 quilómetros de comprimento, e 15,8 quilómetros de largura. Este forma o Grupo Oriental do Açores, em conjunto com a ilha de Santa Maria, que se encontra a 81 quilómetros de distância.

São Miguel foi descoberta entre o ano de 1427 e 1431, por navegadores portugueses. O seu povoamento iniciou-se na década de 1440, liderado por Gonçalo Velho Cabral, e os primeiros colonos eram oriundos das regiões do Norte, Estremadura, Algarve e Alentejo. Mais tarde, chegaram comunidades estrangeiras.

Os seus solos férteis, juntando algumas baías seguras, São Miguel rapidamente tornou-se numa ilha com um grande entreposto comercial, crescendo e desenvolvendo-se, tanto pelas trocas comerciais, mas também pelo cultivo e exportação de trigo e de pastel, que por si também dinamizaram o povoamento nesta ilha.

Até ao terramoto de outubro de 1522, a capital desta ilha era Vila Franca do Campo, a qual ficou devastada, assim, Ponta Delgada assume o papel primordial, sendo elevada a cidade em 1546.

Ilhas Açorianas

CorvoFaialFloresGraciosaPicoSanta MariaSão JorgeSão MiguelTerceira

Em finais do século XVI, esta ilha fica marcada por ataques de corsários e é ocupada por tropas espanholas em 1582, na época em que existe uma resistência açoriana face às forças militares do novo rei de Portugal, Filipe II de Espanha. Depois da Restauração da Monarquia Portuguesa, em 1640, estreita-se a relação comercial com o Brasil, usufruindo dos Açores como entreposto.

Entre o século XVIII e meados da centúria seguinte, a exportação da laranja está no auge, especialmente para a Grã-Bretanha, que se tornou a principal fonte de enriquecimento. Nesta mesma época, grande parte das igrejas são ornamentadas com uma rica talha dourada e com solares de refinada cantaria, que atualmente ainda deslumbram os seus visitantes. A partir de 1870, doenças infestantes dizimaram os laranjais, reduzindo a sua produção e consequentemente, ocorre a emigração da população para o Brasil e para os Estados Unidos.

Porém, com a introdução de novas culturas, como ananás, chá, tabaco, espadana, entre outras, surge uma nova dinamização da economia de São Miguel, no século XIX, que se mantém pujante até ao século XX, muito devido ao desenvolvimento agropecuário, que alimentou a indústria transformadora de lacticínios. Já a partir da década de 1980, o progresso do setor terciário ocupou, gradualmente, a maioria da população micaelense, especialmente a vertente turística, sendo uma aposta mais recente de São Miguel, que serve de sede ao Governo Regional dos Açores.