Natureza em Graciosa
Conhecida como a Ilha Branca, a Graciosa foi classificada pela UNESCO como Reserva da Biosfera, sendo a segunda mais pequena dos Açores, esta é também a ilha com relevos menos imponentes, ou seja, tem diversas zonas aplanadas e serras suaves. A rocha vulcânica traquito que ao passar com o tempo, fica branca, fez com que esta ilha obtive topónimos como Pedras Brancas, Serra Branca ou Barro Branco. O casario das 4 freguesias da ilha, encontra-se ao longo do litoral e no interior da Graciosa, sendo uma característica sui generis da ocupação do território com um impacto na humanização da paisagem da ilha. O elemento paisagístico mais emblemático da Graciosa é a sua Caldeira, correspondendo a uma depressão elíptica que se encontra implantada no topo do vulcão da Caldeira, o edifício vulcânico mais pequeno dos Açores. Subindo até à Furna da Maria Encanta, a entrada na caldeira pelo túnel que dá acesso a uma panorâmica total desta caldeira e sobre a vegetação plantada pelo Homem, entre criptomérias, acácias, pinheiros e incensos, estas cobrem a quase totalidade das paredes da caldeira, estando em contraste com a vegetação de outras zonas da Graciosa. No interior desta caldeira está uma cavidade vulcânica, denominada Furna do Enxofre, que entra em contacto com o exterior através de duas grandes fendas. Porém o seu acesso é feito por uma torre edificada no início do século XX, com uma escadaria em caracol. Esta “catedral” contém um lago de água fria e uma fumarola com lama, que é a responsável pelo cheiro a enxofre. Por outro lado, a Caldeirinha de Pêro Botelho é o único algar vulcânico existente na Graciosa, tendo sido explorado pela primeira vez em 1964 pela Associação “Os Montanheiros”. Este profundo buraco possibilita a criação da viagem de Júlio Verne ao interior da Terra, contudo, é apenas recomendada a exploradores experimentados com equipamento necessário. Já o Pico Timão é um dos maiores cones de escórias da Graciosa, encontrando-se próximo da Ponta Lagoa – Arrochela, este está relacionado com a última erupção vulcânica neste ilha, há aproximadamente 2000 anos. O litoral da Graciosa é recortado por altas e escarpadas arribas da Serra Branca e da Ponta da Restinga, criam um contraste com a costa pouco elevada das baías da Vitória, da Folga e da Barra ou de Porto Afonso. O Ilhéu da Praia, o único ponto fronteiriço da ilha, sobressai-se pelo seu verde no azul-marinho, este recebeu a classificação de Zona de Proteção Especial, visto que se encontra na rota do painho-das-tempestades-de-monteiro, a única ave marinha endémica dos Açores. Com a torre mais alta dos restantes faróis do Arquipélago, o Farol Ponta da Barca oferece uma das mais deslumbrantes vista para o Oceano Atlântico e sobre o Ilhéu da Baleia, um elemento simbólico da Graciosa e dos Açores que foi transformando num santuário de cetáceos.
Reservas naturais do Ilhéu da Praia
Reservas naturais do Ilhéu de Baixo
Zona Balnear de Santa Cruz da Graciosa – piscinas naturais no concelho de Santa Cruz da Graciosa, com um pequeno porto.
Praia do Barro Vermelho – formada por rochas basálticas, sendo uma das zonas balneares mais importantes da Graciosa.
Praia de São Mateus
Piscinas naturais do Carapacho – com águas límpidas, esta zona é perfeita para passar um dia tranquilo.
Monte de Nossa Srª da Ajuda – um miradouro natural que oferece uma vista sobre Santa Cruz, juntamente com três Ermidas, em que se destaca a de Nossa Srª da Ajuda do século XVI, sendo semelhante a um castelo em miniatura, esta é um dos melhores exemplos de “arquitetura religiosa fortificada” nos Açores. Esta ainda tem anexada a ‘’casa dos romeiros’’ para acolher quem peregrina.
Praia do Barro Vermelho – formada por rochas basálticas, sendo uma das zonas balneares mais importantes da Graciosa.
Reserva Florestal de Recreio da Caldeira
Caldeira da Graciosa
Paínho-das-tempestades-de-monteiro (oceanodroma monteiro) – uma espécie endémica, a menor ave marinha dos Açores, esta nidifica nos ilhéus da Graciosa, alimentando-se de pequenos peixes, lulas e plâncton.