Trilho da Costa Sul

Uma rota que se inicia no edifício do Centro de Interpretação Dalberto Pombo, que acolhe um vasto espólio deste naturalista. Descendo pela principal via de Vila do Porto, em direção ao Forte de São Brás, um edificado do século XVII, que atualmente é um miradouro que permite uma vista sobre a baía do Calhau da Roupa e o porto comercial da ilha. Continuando pela Ribeira de São Francisco, um local em que surgem aves como a a Garça-real (Ardea Cinerea) Garça-branca-pequena (Egretta garzetta), Galeirão (Fulica atra) e o Maçarico-real (Numenius arquata), durante o outono e inverno. Prosseguindo para a Pedreira do Campo, avista-se o Ilhéu da Vila, uma Reserva Natural de grande importância para a nidificação de aves marinhas, como a alma-negra (Bulweria bulwerii), estando mesmo classificada como Monumento Natural Regional, que também conta com a presença de fósseis marinhos. Seguindo até ao Touril, em que a Gruta e Forno de Cal do Figueiral são dados a conhecer. Continuando para a costa, num caminho que transportava pedras calcárias, encontra-se uma paisagem coberta de flora natural como a Faia-da-terra (Morella faya) ou a Cabaçeira (Pericallis malvifolia) e espécies introduzidas como Incenso (Pittosporum undulatum), Babosa (Agave americana), Cato (Opuntia ficus-indica) e Murta (Myrtus communis), que é acompanhada por espécies como o milhafre (Buteo buteo rothschildi), o Pombo-das-rochas (Columba livia), a Estrelinha (Regulus regulus sanctae mariae), a Caixinha, Pisco-de-peito-ruivo (Erithacus rubecula) e Coelhos-bravos (Oryctolagus cuniculus). Chegando à encosta da Prainha, deve-se escolher entre descer ou prosseguir por um caminho junto a árvores de Metrosídero (Metrosideros excelsa) em direção ao miradouro da Macela. Descendo à Prainha, é para aproveitar a sua areia clara e as suas águas límpidas, continuando depois, pelo Forte da Prainha, pode-se também subir para o miradouro da Macela ou então seguir pela costa. Estes caminhos terminam na Praia Formosa.

• Categoria – Linear
• Dificuldade – Médio
• Extensão – 7 km
• Tempo Médio – 3h30

Trilho da Costa Norte

Iniciando-se no lugar das Feteiras de Baixo, junto à estrada regional, e terminando nos Anjos, este desce por um caminho rodoviário, que prossegue por uma canada em terra batida e calçada, até ao cume da encosta para se contemplar a massa imensa de água atlântica. Continuando em direção à Baía do Raposo, este troço era muito utilizado como acesso aos pesqueiros da baía e aos moinhos de água, quando o moleiro transformava o cereal, hoje em dia encontram-se em ruína. A Baía do Raposo está classificada como Geosítio, contando com a presença de escoadas lávicas com disjunção colunar no topo da encosta da Ribeira do Engenho e com conglomerados marinhos, terrestres e aluviões, que apresentam toda uma riqueza geológica da Santa Maria. Subindo a encosta, encontram-se algumas espécies de flora endémicas como Pau-branco (Picconia azorica), Faia-da-terra (Morella faya) e a Cabaçeira (Pericallis malvifolia), e espécies introduzidas como Incenso (Pittosporum undulatum), Cana (Arundo donax), Babosa (Agave americana), também se pode observar e ouvir algumas aves como o milhafre (Buteo buteo rothschildi), Melro-preto (Turdus merula), Tentilhão (Fringilla coelebs moreletti), Estrelinha  (Regulus regulus sanctae mariae), Canário da Terra (Serinus canaria) e a Caixinha /Pisco-de-peito-ruivo (Erithacus rubecula). Prosseguindo por uma densa área florestal, a direção ao Barreiro da Faneca é tomada, sendo este uma zona de terreno árido e argiloso, implantado em escoada lávia, alterada do Complexo do Pico Alto. Continuando até à Baía da Cré, um sítio também considerado Geosítio, devido às suas arribas altas e de declive acentuado. Seguindo, por fim, até aos Anjos, para visitar uma pequena ermida, que terá sido o primeiro templo cristão do Arquipélago dos Açores, juntamente com a estátua do navegador Cristóvão Colombo.

• Forma – Linear
• Dificuldade – Médio
• Extensão – 6.7 km
• Tempo Médio – 3h

Santo Espírito – Maia

Começando junto da Igreja de Santo Espírito, na Freguesia de Santo Espírito, e passando pelo lugar da Maia, este trilho acaba na Fábrica da Baleia, na Ponta do Castelo. Prosseguindo pela aldeia, em direção a um moinho de vento tradicional, atalhando de seguida para uma mata de incensos, alcançando o caminho designado por Caminho da Lapa. Indo em direção à zona costeira, passa-se por uma canada antiga em pedra, e depois chega-se à margem da Ribeira do Aveiro, em que o caminho segue pela sua margem até chegar à falésia. Depois descendo até ao lugar da Maia, em que se pode observar uma diversidade de Aichryson villosum, uma planta nativa dos Açores e Madeira. Continuando a descer, passa-se por algumas vinhas, até chegar mesmo à Maia, em que se pode fazer um desvio para contemplar a Cascata da Ribeira do Aveiro. Continuando em direção à Ponta do Castelo, passa-se ao longo da Maia até encontrar o Farol, que está acompanhado por um caminho até ao mar coberto de espécies da flora local tal como uma vista sobre a costa da Malbusca. Alcançando o fim do caminho, encontram-se as ruínas de uma antiga Fábrica da Baleia, junta a tranquila zona balnear. O trilho atravessa uma área classificada como Sítio de Interesse Comunitário e outra área classificada como Reserva Natural.

• Forma – Linear
• Dificuldade – Médio
• Extensão – 6.8 km
• Tempo Médio – 3h

Pico Alto – Anjos – Anjos

Iniciando-se na estrada Florestal do Pico Alto, passando pelo Barreiro da Faneca e pela Baía da Cré, este termina nos Anjos. Começando em direção ao Pico Alto, o mais alto de Santa Maria, com uma vista que possibilita a visão sobre toda a ilha e até São Miguel, nos dias de boa visibilidade. Atalhando em direção à mata de criptomérias em direção à Chã do João Tomé., pode-se observar algumas plantas da floresta de laurissilva, como pau-branco, urze, uva-da-serra, tamujo, louro, entre outras. Chegando a uma casa Florestal abandonada, o caminho é de terra batida até alcançar a estrada principal, para chegar ao Barreiro da Faneca ou “Deserto Vermelho dos Açores”, contornando-o e passando por uma zona habitada, segue-se em direção à Baía da Cré. Num troço em que a vegetação rasteira, com catos, faias, incensos e murtas predominam a paisagem, estando entre a Ribeira do Lemos e a Baía do Cré. Desviando apenas para uma Vigia da Baleia antiga, em que se avista os Anjos, a Ponta da Baleia, a Baía da Cré e o Ilhéu das Lagoínhas. Regressando ao trilho principal, desce-se pelo leito Ribeira do Lemos, subindo por antigas canadas até a uma estrada alcatroada. Continuando para os Anjos, pode-se fazer um pequeno desvio até à Furna de Santana. Este trilho atravessa duas zonas de reserva, a Paisagem Protegida de Interesse Regional da Costa Norte e a Reserva Natural da Baía dos Anjos.

• Forma – Linear
• Dificuldade – Médio
• Extensão – 13 km
• Tempo Médio – 4h