No meio do Oceano Atlântico estão nove diferentes fragrâncias de nove diferentes ilhas, em que cada um veste um manto verde, negro ou floral, tendo sempre à espreita cones vulcânicos e grutas que revelam as suas origens e lagoas que se deitam em vulcões adormecidos. E qual é a melhor maneira de explorar estas ilhas? Pelos trilhos que as serpenteiam, maravilhando com os seus mistérios, desde as falésias de cortar a respiração e que recortam a linha costeira, enfrentando o mar, às fajãs que aconchegam o mar, às quedas de águas que refrescam a alma e purificação o espírito.

Estes trilhos foram desenvolvidos de forma segura e tranquila para aqueles que desejam explorar melhor os segredos dos Açores, estes pertencem a uma Rede de Percursos Pedestres Classificados pelo Governo Regional dos Açores.

Ao longo dos séculos, a maneira mais fácil de viajar entre as localidades, da mesma ilha, seria pelo mar, visto que os caminhos terrestres eram muito escassos e os que existiam não possibilitavam a passagem de carruagens ou carros de bois, estes caminhos era utilizados pelas gentes da ilha na sua labuta diária, que eram acompanhadas por cavalos, burros ou mulas, ou eram mesmo usados pelo gado durante as suas pastagens. Aos poucos, os caminhos foram utilizados para as populações fossem às festas vizinhas, para a troca e venda de produtos agrícolas, peixe, carvão e outras mercadorias, contudo, tudo que tinha um porte maior tinha de ir por mar.

Atualmente, a rede de caminhos e trilhos têm vindo a ser reabilitados, estando à disposição de todos aqueles que desejam percorrer as paisagens açorianas, cada trilho tem uma beleza única e específica na sua envolvente.