Sendo o único povoado, em Corvo, a Vila do Corvo é um entrelaçado de ruas estreitas, para proteger contra os ventos fortes, sempre comuns na ilha. A sua calçada de pedra escura está ladeada de casas pintadas de branco, porém ainda estão presentes algumas habitações com paredes de basalto negro. Já o Largo do Outeiro funciona como centro desta vila, em que tanto os corvinos como os visitantes se juntam em redor dos bancos de pedra para partilhar episódios do dia-a-dia ou histórias da antiguidade. A igreja matriz dedicada a Nossa Senhora dos Milagres com a fachada virada para o oceano, foi erguida em 1674 e reconstruída no século XVIII, alojando no interior uma imagem da padroeira da ilha, de origem flamenga. Junto à Ponta Negra, no Alto dos Moinhos, estão pequenos moinhos de vento que enfeitam a beira-mar, com um tronco cónico, pontuando de branco o horizonte da orla costeira consumido pelo azul-marinho. Com o seu mecanismo que roda a cúpula de madeira, para que a vela acompanhe a direção do vento, sendo estas puros exemplos da importância da produção de trigo e milho no Corvo. Já o Centro de Interpretação Ambiental e Cultural do Corvo, recentemente erguido aproveitando as casas típicas da vila, é um espaço moderno que pretende ser um espaço descontraído que promova a conversa visando a aprendizagem e ensinamento mais sobre o Corvo, suas idiossincrasias e sobre os corvinos e vivências. Ainda são fábricas por artesãos desta ilha, as fechaduras de madeira, um símbolo máximo da vivência de uma ilha pacífica, sendo úteis, representam a obra artesanal mais diferenciadora do Corvo. Já as mulheres dedicam-se aos trabalhos de renda, bordados e peças feitas a partir de conchas.