Tapada Nacional de Mafra

Com a construção do Palácio-Convento de Mafra, surge a necessidade de envolvê-lo com um espaço de recreio que demonstravam a grandiosidade do século da exploração de ouro e diamantes do Brasil, surge assim a Real Tapada de Mafra com cerca de 1200 hectares que se encontra rodeada por um muro de pedra e cal com uma extensão de 21 quilómetros.

Desde 1941, esta foi submetida ao regime florestal sob a atenção da Direcção-Geral dos Serviços Florestais e Aquícolas, que ofereceu a este espaço uma vida mais ambiental e naturalista, uma vez que a sua maior função era o abrigo para a prática de caça, promovida pela sua moda e poder na monarquia Portuguesa.

Atualmente, este espaço encontra-se protegido, acolhendo diversas espécies de flora, em que se destacam o Eucalipto (Eucalyptus globulus), o Sobreiro (Quercus suber), o Pinheiro bravo (Pinus pinaster) e o Pinheiro-manso (Pinus pinea).

Que por sua vez juntamente com as linhas de água, oferecem casa à diversidade de animais, aqui presentes, sendo que algumas espécies requerem um elevador valor de conservação, nomeadamente a águia-de-Bonelli (Hieraaetus fasciatus) e o bufo-real (Bubo bubo).

Seguindo o pensamento que as aves são o grupo mais representativo da Floresta Encantada da Tapada Nacional de Mafra, encontram-se o açor (Accipiter gentilis), que nidifica na zona da Barroca; e a espécie mais recente neste espaço é a águia-cobreira (Circaetus gallicus).

Natureza na Região de Lisboa

Entre mais espécies de aves mais pequenas estão os chapins, os rabirruivos, os tentilhões e as alvéolas.

Escondidos nas galerias ripículas das margens das ribeiras, várias espécies de invertebrados, avifauna e a herpetofauna criam sinergias neste habitat, em que se destacam os tritões, as salamandras, as rãs, as relas, os sapos, os cágados e cobras.

Relativamente aos mamíferos que coabitam neste local encontram-se o gamo (Cervus dama), o veado (Cervus elaphus), o javali (Sus scrofa) e a raposa (Vulpes vulpes), sendo as espécies mais reconhecidas. Porém, entre outros mamíferos que escapam aos olhos dos curiosos estão o coelho-bravo (Oryctolagus cuniculus), o texugo (Meles meles), a geneta (Genetta genetta), o sacarrabos (Herpestes ichneumon), a doninha (Mustela nivalis) e o ouriço-cacheiro (Erinaceus europeus), entre outras.