Raia no Alto Alentejo

A norte do Alentejo, no distrito de Portalegre, encontram as vilas e cidade com um património militar pertencente à Linha da Raia:

Alter do Chão

Em Alter do Chão encontra-se o Castelo de Alter do Chão, no centro da Vila, este foi mandado erguer por D. Pedro I, em 1359, atualmente é propriedade da Fundação da Casa de Bragança. A sua cerca medieval remonta ao mesmo ano de construção do castelo, porém nunca foi concluída. Esta cerca inicia-se na Torre de Menagem ou na muralha de frente para o Largo dos Doze Melhores de Alter. O Castelo de Alter do Chão era considerado como residência temporária para os monarcas da dinastia de Bragança, sempre utilizada aquando a sua deslocação. Ao longo do século XX, a história deste castelo e o seu valor patrimonial foram esquecidos. Este fora uma estalagem real e alcaidaria, uma loja de ferrador, uma oficina de carpintaria, um celeiro, uma cavalariça, um lagar de azeito e até mesmo uma lixeira, apesar da classificação de Monumento Nacional, atribuído em 1910.

Relativamente à Torre de Menagem, esta encontra-se na estrutura do castelo com uma silhueta bastante alta, visível assim que se chega à Vila. O seu acesso faz-se pela porta ogival na cota do segundo piso da antiga alcaidaria, diretamente ligada para uma sala a oeste. A sua escadaria interna chega a uma segunda sala e ao topo da torre, esta é constituída por uma plataforma recortada por ameias. A norte existe mais uma torre, com dimensões mais reduzidas e alcançável através do segundo piso da alcaidaria. A nível interno, esta torre tem um pátio amplo, em que sobressai o rebordo quadrado de um poço e mais para o fundo encontra-se o restante da antiga alcaidaria, modificada para responder às necessidades dos ocupantes do castelo.

Maravilhas Alentejanas

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Arronches

Em 1977, o Castelo de Arronches foi considerado Imóvel de Interesse Público. No século II a.C. e século I a.C., Arronches foi ocupada pelos romanos, sendo posteriormente conquistada pelos Mouros e seguidamente por D. Afonso Henriques. O desenvolvimento desta vila decorreu apenas após a construção das muralhas fortificação. Ao longo dos anos, séculos, esta fortificação teve intervenções a nível de desenho arquitetónico como obras de melhoramento, até aos dias de hoje, sendo que em 1998 decorreu uma intervenção arqueológica perto da muralha, para o desenvolvimento da ligação da vila antiga à zona de expansão habitacional a este e em 2000 teve a sua última intervenção arqueológica para arranjo paisagístico.

Avis

O Castelo de Avis encontra-se fortemente relacionado com a história portuguesa, visto que o Mestre de Avis, rei D. João I, morou neste. Esta fortificação foi erguida por volta do ano de 1214, durante o reinado de D. Afonso II, pelos membros da ordem, que posteriormente denominar-se-ia Ordem de Avis e cujo Mestre ascendera ao trono de Portugal, em 1385. Após a extinção das ordens religiosas em Portugal, em 1834, diversos elementos da Ordem de Avis foram perdidos e consequentemente o mesmo aconteceu ao Castelo de Avis. O que resta fortificação encontra-se classificada como Monumento Nacional.

Reza a lenda que alguns frades procuravam um local ideal para a construção de uma fortaleza, e no monte defronte ao território de domínio muçulmano, viram duas águias pousadas sobre um sobreiro. Este acontecimento foi considerado como um sinal para a construção do seu castelo, a este local chamaram Avis, latim para ave. As águias tornaram-se um símbolo da Ordem de Avis. A história também revela que este castelo foi construído em segredo, à noite e durante o dia fora ocultado por ramos de árvore. Esta lenda explica a relação da Ordem de Avis com este castelo.

Castelo de Vide

Uma vila que via o seu terreno a erguer e destruir fortificações medievais ao longo do século XIII, consoante os interesses senhoriais, que iam contra os interesses da coroa e da população, que preferia ter como senhor, um rei longínquo. Desta forma, D. Dinis mandou construir o castelo, terminado no reinado de seu filho Afonso IV, em 1327. Assim, a vila de Vida passou a Castelo de Vide. Este castelo encontra-se no canto sul das fortificações medievais, que contém o primitivo burgo, formando assim, as muralhas que cercam a vila e nas quais integram a Torre de Menagem. Após diversas intervenções e obras de reconstrução desta torre, esta encontra-se protegida como Monumento Nacional, desde 1910.

Campo Maior

O castelo de Campo Maior e a Igreja Matriz, com a sua macabra Capela dos Ossos relatam uma forte história de defesa contra ataques furtivos. A Capela dos Ossos foi construída posteriormente a uma grande explosão do paiol da Torre de Menagem do castelo.

Elvas

O Castelo de Elvas tinha como objetivo a defesa e proteção do reino de Portugal, desde o reinado de D. Sancho II. Este castelo tem bases de estrutura muçulmana, este foi conquistado em 1166 e 1220 e apenas em 1226 é que foi reedificado, concluindo a sua obra em 1228. Ao longo dos séculos e reinados, foram realizadas várias obras de melhoramento e aumentou a sua função para residência. Em meados do século XVII, o Castelo de Elvas passa a ser um dos mais notáveis conjuntos abaluartados da Europa, por causa da necessidade de defender contra as guerras de fronteira entre 1641e 1668. Com estas alterações e reedificações, o Castelo de Elvas continua a ter a sua estrutura militar medieval e é reconhecido como um dos mais importantes monumentos de sobreposição de funções e desenvolvimento estratégico-militares, ao longo da história de Portugal.

Marvão

O Castelo de Marvão foi erguido como uma fortificação de detenção, orientada para a fronteira com Espanha. Este também constituiu um eficaz refúgio e um grande ponto de observação e vigilância, uma vez que era um dos mais importantes pontos de penetração dos exércitos inimigos. Um dos castelos mais roqueiros a nível nacional, o Castelo de Marvão dispõe de dois recintos contíguos, que por razões de melhorar as linhas defensivas, estes tiveram que abarcar a crista rochosa mais elevada. Ao longo dos tempos, esta fortificação foi se desenvolvendo e evoluindo, empregando novas tecnologias de guerra – assim tornou-se numa fortificação abaluartada, que reforçou as entradas na cerca urbana, desde as Portas de Ródão, Portas da Vila e Postigo do Torrejão. A Torre da Portagem funcionou como a Alfândega de Marvão, milhares de pessoas passaram por esta, de modo a procurar uma vida melhor, visitar amigos e família. Um dos momentos mais intensos na sua história foi aquando a expulsão dos judeus de Portugal.

Nisa

Nisa apresenta uma história muito antiga, esta calma vila é procurada pelo seu valioso património. Desde o seu Castelo em ruínas do século XIII, às Portas da Vila, as Igrejas Matriz do século XV e da Misericórdia do século XVI, com o seu Museu de Arte Sacra, as Capelas do Calvário do século XVII e a Nossa Senhora dos Prazeres do século XVI ou mesmo a Anta de S. Gens, que é composta por um conjunto de 4 elementos megalíticos.

Portalegre

O Castelo de Portalegre é uma fortificação construído há mais de oito séculos, num ponto mais elevado da povoação. Este castelo remonta ao século XIII, porém, foi o rei D. Dinis que realizou as maiores obras de fortificação. Destas obras destacam-se o prolongamento da Rua do Castelo, que restabeleceu a ligação entre o pátio das Armas à Torre de Menagem. Atualmente, o Castelo e a torre de menagem dominam a cidade e são visitáveis, no rés-do-chão do castelo está a receção, no primeiro andar encontra-se a Galeria de Exposições Temporárias e no último andar está o restaurante “O Castelo”. No primeiro andar está uma passagem de muralha para torre de menagem.