Arqueologia Industrial

Tirando a agricultura, a pesca, a criação de gado, a exploração da floresta e das pedreiras, designadamente de mármore, de xisto e de granito, a paisagem alentejana está marcada por outras atividades relacionadas com a terra, nomeadamente a moagem e exploração mineira.

Realizada nos moinhos de água, erguidos sobre os rios e nos moinhos de vento, construídos nos cabeços, a moagem de cereais foi completamente substituída pelas moagens mecânicas desde os anos 60. Restando apenas alguns moinhos em ruínas, estes contam a sua história e erguem-se majestosamente, como por exemplo os moinhos do Guadiana. Porém, alguns tiveram um novo destino, foram recuperados por amantes de arte, outros por autarquias que lhe oferecem um destino como peças vivas de museu. Sempre visitáveis são os moinhos de vento de Castro Verde, de S. Miguel do Pinheiro (Mértola) e de Santiago do Cacém e o moinho de água do Alferes, na ribeira do Vascão, o afluente mais a sul do rio Guadiana, já requerem marcação prévia.

Relativamente à exploração mineira das longas faixas das pirites alentejanas, tirando a desativada Mina de São Domingos, em Mértola, como polos de Arqueologia Industrial, encontram-se as minas de Aljustrel e do Lousal.

Desde o período romano, as Minas de Aljustrel foram sempre exploradas, apresentam uma história atribulada devido às fases de exploração e de encerramento. Algo que contínua nos dias de hoje, porém os problemas agregados não desmotivaram quem vê esta mina pelo seu grande valor histórico-arqueológico. Atualmente, é possível conhecer o espólio da mina no Museu Municipal e realizar o caminho do Percurso Mineiro, que percorre diversos pontos de interesse, como Central de Compressores, as Pedras Brancas, a Área Industrial de Algares, a Malacate Vipasca (antigo nome romano da vila de Aljustrel), a Chaminé de Transtagana e o Cerro da Ermida de Nossa Senhora do Castelo, o ex-libris do património da vila, com a sua vista espetacular.

Já a Mina do Lousal, é hoje propriedade da Fundação Frederic Velge. Esta mina iniciou e terminou a sua atividade no século XX e atualmente é objeto de um projeto de revitalização, associado à arqueologia industrial e a tecnologia de ponta, hoje em dia existe uma visita virtual a esta, para que as profundezas da Mina de Lousal sejam apreciadas na superfície, Centro Ciência Viva. Uma história completamente diferente da Minha de Aljustrel. Aquando a visita a Lousal, esta aldeia mineira é um grande exemplo da arquitetura rural tradicional, sendo aconselhável a vista ao Museu da Central Elétrica, um verdadeiro mimo para aqueles que se interessam pela evolução da maquinaria da produção energética, também imprescindível é o Centro de Artesanato.

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