Bragança

Conservando um património sem margem de comparação, Bragança oferece um centro histórico, de fácil acesso pedonal, com as suas pedras gastas, que testemunham toda a história da cidade, ao longo dos séculos, anos e momentos, desde a Idade do Bronze à Época Romana, passando pelo suevos e visigodos, até às batalhas que permitiram definir as linhas fronteiriça e a posição estratégica de Bragança.

Num recinto fortificado, destacam-se as muralhas do Castelo de Bragança, a bela quatrocentista Torre de Menagem, a enigmática “Domus Municipalis” e o Pelourinho, um conjunto monumental com um valor histórico e patrimonial de excelência. Este conjunto defensivo foi erguido desde o reinado de D. Sancho I até aos finais do reinado de D. Dinis. Já no reinado de D. Afonso V, a norte da muralha constrói-se a Torre da Princesa, cuja lenda conta que esta torre fora a prisão de uma princesa cristã, que desejava casar com um ilustre mouro.

Fora das muralhas, as ruas empedradas encaminham os visitantes para um conjunto patrimonial de carácter religioso, fazendo destaque para o Convento de São Francisco, as igrejas de São Vicente, e da Misericórdia e da Sé, que se apresentam com uma traça renascentista, e que se deixam acompanhar por belos exemplos de solares dos séculos XVI e XVII, que atualmente ostentam instituições públicas.

Mais tesouros de Bragança não se encontram no centro histórico, nas redondezas existem maravilhas patrimoniais que exigi atenção, como por exemplo, o Mosteiro de Castro de Avelãs, um edifício medieval que ostenta uma grande influência no povoamento desta região e a sua planta circular revestida a tijolo é algo único em Portugal. Fazendo destaque também à Basílica Menor de S. Cristo de Outeiro, uma igreja classificada como monumento nacional em 1927, este edifício do século XVII que se tornou um símbolo de afirmação de Portugal, enquanto nação independente de Espanha. Reza a lenda que no local desta igreja, Santo Cristo suou sangue e rapidamente ergue-se a igreja, estimulando a peregrinação.

Nunca esquecendo o património conservado nas aldeias de Bragança, em que as tradições ancestrais, a vida rural e as vivências se mantêm na sua tranquilidade, como é o caso da aldeia de Montesinho. Estando na linha fronteiriça com Espanha, esta é a aldeia mais carismática do Parque Natural de Montesinho, encontrando-se num vale frondoso em Rio de Onor. Já próxima desta aldeia, encontra-se a barragem da Serra Serrada, um complexo hidráulico oriundo da década de 80, que potencializou ao desenvolvimento de um ecossistema em que alimentou a pesca da truta e a observação da avifauna, especialmente a águia-real e o melro das rochas.

O Parque Natural de Montesinho foi criado em 1979 visando salvaguardar valores específicos do território, tanto os espaços naturais como espaços urbanos. Neste parque destaca-se as variações geomorfológicas, juntamente com o clima e posição geográfica, fazem deste parque um dos parques com uma maior diversidade biológica.