Caminhos de Santiago
No século IX, acredita-se que foi encontrado o túmulo do apóstolo Santiago na Galiza. Conforme a tradição medieval, o eremita Paio incrédulo pelas luzes que estavam a ser produzidas no bosque de Libredão, em plena noite, foi alertar o bispo de Iria Flavia, Teodomiro, que encontrara os restos de Santiago Maior e dos seus dois discípulos, no local que agora é Compostela. As notícias deste acontecimento chegaram a Afonso II das Astúrias, que realizou logo uma peregrinação, anunciando que este caminho seria a peregrinação da cristandade.
Com as alterações das estradas, o caminho feito pelos peregrinos foi ligeiramente alterado, sendo a última alteração feita por um grupo de portugueses e espanhóis que pintaram a última seta do percurso, entre Lisboa e Santiago.
Destaca-se o caminho que atravessa o Alto do Minho, sendo composto por duas rotas seculares do Caminho Português de Santiago, enquanto um chegue pelo interior, outro percorre a orla marítima.
Na rota do interior, passa-se por Ponte de Lima até Valença, percorrendo 38 quilómetros, integrando a estrada real, de Porto-Barcelos-Ponte de Lima-Valença, sendo mesmo o caminho essencial para Santiago, podendo confluem outros percursos. Este percurso é feito desde o século XIV, por caminheiros, viajantes, mercadores, romeiros, nobres e reis, como D. Afonso II, a Rainha Santa Isabel e o rei D. Manuel. Ponte de Lima foi, portanto, a ponte romana/medieval, o ponto de passagem obrigatório e consequentemente um símbolo nacional, para o caminho português.
Já o caminho percorrido pela costa, interliga o burgo portuense aos outros concelhos costeiros do Norte de Portugal, alcançando Galiza, ao ultrapassar o rio Minho em La Guardia, em Goian ou em Tui. Este percurso tomou uma maior importância desde o século XVIII, sendo recorrente das populações costeiras ou pelas pessoas que desembarcavam nos portos marítimos.