Póvoa de Varzim

O concelho de Póvoa de Varzim é confrontado a oeste pelo Oceano Atlântico, ao longo de 13 quilómetros de costa marítima, em que surgem, de sul para norte, as localidades da Póvoa de Varzim, Aver-o-Mar, Aguçadoura e Estela. O extenso areal com uma textura única deixa-se banhar pelo mar rico em iodo, numa temperatura amena a fria e é acompanhada por um recorte que cria enseadas que acolhem a vida marinha nos seus maciços rochosos.

As zonas mais calmas são as de Aver-o-Mar, Aguçadoura e Estela, enquanto, a praia da Póvoa é um polo de grande atração desde o século XIX. Junto a esta praia está um murete, denominado Avenida dos Banhos, numa extensão de 2 quilómetros, sendo uma zona que funciona como miradouro, um espaço para reunião e convívio e também é bastante procurado para caminhadas e passeios de bicicleta. Ainda junto a esta praia estão complexos desportivos como as Piscinas Municipais, Piscinas do Clube Desportivo da Póvoa, Pavilhão Gimnodesportivo do Clube Desportivo da Póvoa e a Academia Municipal de Ténis.

O litoral poveiro, que vai desde o porto de pesca até às dunas fustigadas pelos ventos provenientes da Estela, é recheado com uma riqueza e variedade de fauna e flora, contando com aves marinhas, como as gaivotas de várias espécies, os pilritos d’areia e o “mascato”. Na primavera, os borrelhos de coleira interrompida procuram as praias e dunas para a sua nidificação, que nesta também se podem observar a migração de maçaricos galegos e fuselos visando a tundra no extremo Norte para nidificar.

Menos frequentadas, as praias e dunas são cobertas de plantas com flores, como o odorífero narciso das praias com flores brancas e profundas raízes, o cardo marítimo com flores azuis protegidas por folhas espinhosas e os rabos de lebre, pequenos pon-pons que seguem ao sabor do vento, nas zonas mais secas das dunas.

Os campos masseira relembram as formas das tradicionais masseiras, correspondendo a uma utilização e aproveitamento das dunas, em que são feitas explorações de cultivo, com grandes produções hortícolas, devido ao seu lençol de água superficial, que permite um bom grau de humidade constante. O rebaixamento destes campos faz com que esteja protegido dos ventos marítimos, que está reforçado por sebes no cimo dos valados, que permitem o aumento térmico. Portanto, estes campos funcionam como autênticas estufas naturais.

Monte de S. Félix

O ponto mais elevado da serra de Rates é o Monte de S. Félix com uma altitude de 202 metros. Este oferece uma vista panorâmica sobre toda a região da Póvoa de Varzim, desde a linha costeira, à campesina e urbana, sendo possível a transição entre a planície litoral e a ondulação da região interior. Este ainda se podem encontrar alguns moinhos tradicionais, uma capela dedicada ao eremita São Félix e uma unidade hoteleira.

Casino da Póvoa

Com uma aposta na animação em salas de jogos e espaços de lazer, ao entrar neste casino entra-se num mundo de emoções do jogo, num ambiente de segurança, conforto e qualidade, um mundo em que a animação manda. Este é considerado o casino do nort, oferecendo máquinas, mais de 600 slot machines, roleta, banca francesa, black jack, ponto e banca e poker. Encontra-se aberto de domingo a quinta-feira, das 15h00 às 03h00; sexta-feira, sábado e véspera de feriado, de 15 de julho a 31 de agosto, de 15 a 31 de dezembro das 16h00 às 04h00; encerrando dia 24 e 25 de dezembro.

Museu Municipal de Etnografia e História da Póvoa de Varzim

Num edifício do século XVIII, este foi classificado como Imóvel de Interesse Público. Também conhecido como Solar dos Carneiros, este foi sofrendo ao longo dos anos, diversas alterações de estruturas, tendo sido fundado em 1937, pelo etnógrafo poveiro António dos Santos Graça, este museu contém um valor etnográfico importante, com uma coleção da original Comunidade Piscatória Poveira.

Beata Alexandrina de Balasar

Alexandrina Maria da Costa também reconhecida como “Santinha de Balasar” devido à sua bondade presta aos peregrinos e sabedoria cristã. Atualmente, a peregrinação é feita pela Igreja de Santa Eulália de Balasar, em que está sepultada. A sua beatificação decorreu a 25 de abril de 2004.

Casa da Beata Alexandrina

Sua casa e testemunho dos momentos mais difíceis e a sua total devoção à fé. Esta casa mantém a decoração, preservando a ambiência de Alexandrina de Balasar. Encontra-se aberta todos os dias 9h00 às 12h00 e das 14h30 às 19h00. As festividades em sua honra decorrem a 13 de outubro (Festa Litúrgica) e as Comemorações Beatificação ocorrerem a 25 abril.

Caminhos de Santiago

Há mais de mil anos que o fervor religioso tem levado milhares de pessoas, de todo o mundo, a percorrerem o Caminho a Santiago de Compostela, por entre serrania, antigas vilas romanas e medievais, praias e florestas, para alcançar o túmulo do apóstolo. Em Portugal, existem diversos caminhos, no concelho de Póvoa de Varzim destacam-se dois percursos, um denominado por Caminho Central, que passa por São Pedro de Rates, sendo o mais procurado pelos peregrinos. Foi neste local que se criou o primeiro Albergue em Portugal. O segundo caminho faz-se acompanhar pelo mar, denominado o Caminho da Costa, entrado no concelho da Póvoa, pela antiga rua dos Ferreiros, atravessa-se a centro da cidade, passando pelo Albergue de São José, dirigindo-se para o litoral e entre praias, dunas e masseiras, deslocando-se até alcançar Esposende.

Paços do Concelho da Póvoa de Varzim

Do século XIX, este foi considerado Imóvel de Interesse Público. A arcada da frontaria, desenhada pelo engenheiro francês Reinaldo Oudinot, entre 1790 e 1791, releva a estrutura arquitetónica da Feitoria Inglesa do Porto. No ano de 1807, foi inaugurado, porém cem anos mais tarde, sofreu obras de ampliação e decoração dirigidas pelo etnólogo Rocha Peixoto e pelo pintor belga Joseph Bialman.

Fortaleza de Nossa Senhora da Conceição

Do século XVIII, esta foi classificada como Imóvel de Interessa Público, tendo sido edificada nos reinados de D. Pedro II e D. João V, entre 1701 a 1740, esta mantém um traçado pentagonal, com quatro baluartes, interligados pela muralha. No portão da entrada estão as armas de D. Diogo de Sousa, governador responsável pela sua conclusão. No interior desta encontra-se uma pequena capela do ano de 1743, erguida em honra da Nossa Senhora da Conceição. Esta fortaleza tinha como objetivo a defesa dos interesses dos pescadores, visto que era o sustento económico da vila.

Aqueduto

Do século XVIII, este foi classificado como Monumento Nacional. Inicialmente a sua estrutura contava com 999 arcos, que transportavam água, desde uma nascente em Terroso, para o mosteiro de Santa Clara, em Vila do Conde. Este foi construído entre os anos de 1705 e 1714, atravessando as freguesias de Beiriz e Argivai, uma particularidade é a sua crescente envergadura que aumenta aquando aproximação do destino. Hoje em dia, ainda é visível a sua construção original, apesar de se apresentar fracionada.