No Museu e na Sinagoga de Belmonte, encontram-se os vestígios da última comunidade Criptojudaica da Península Ibérica, que abrangeu Belmonte, Celorico da Beira, Covilhã, Fundão, Gouveia, Guarda, Linhares da Beira, Manteigas, Penamacor, Pinhel e Trancoso, guardando o seu património arquitetónico, atividades comercial e têxtil, frutos da reflexão desta comunidade, assim foi elaborada uma rota que homenageia a história de Portugal na vertente cultural judaica, desde a Época dos Descobrimentos ao dia de hoje.

O trabalho com a lã provém de uma época primordial, desde o seu conhecimento e para que servia, a lã foi a melhor acompanhante de muitas civilizações, especial dos povos que escolheram a Serra da Estrela como sua casa. Assim esta serra apresenta um património arqueológico-industrial único, sendo que a Covilhã é comiserada como uma das três principais cidades lanifícios da Europa.

A evolução do trabalho doméstico e artesanal dos benefícios da lã é um elemento que encanta e promoveu a Rota da Lã que abrange Covilhã (Tortosendo e Unhais da Serra), Gouveia, Guarda (Maçainhas, Meios e Trinta), Manteigas, Penamacor, Pinhel e Seia (Alvôco da Serra, Loriga e S. Romão), centros da tradição dos lanifícios, que apresenta toda a sua história na linha épica do desenvolvimento e produto da lã.

Uma terra fortemente desejada, Portugal esteve no centro do Mundo por diversas ocasiões, sendo que cada povoação, cada povo arranja forma de defender, da melhor maneira, o seu território, assim foram criada fortalezas, castelos, todo um património militar que visa a proteção do seu território. Focando na região da Serra da Estrela, nas zonas fronteiriças encontram-se vários marcos da história que são refletidos na construção de uma linha defensiva. Desde modo é apresentado uma gama de castelos e fortalezas que merecem uma visita, como Alfaiates (Sabugal), Belmonte, Castelo Bom (Almeida), Castelo Mendo (Almeida), Castelo Novo (Fundão), Castelo Rodrigo (Figueira Castelo Rodrigo), Casteição (Mêda), Celorico da Beira, Forlaleza de Almeida, Guarda, Linhares da Beira (Celorico da Beira), Longroiva (Mêda), Marialva (Mêda), Pinhel, Ranhados (Mêda), Sabugal, Sortelha (Sabugal) e Trancoso.

Os únicos em Portugal, os vales glaciares da Serra da Estrela atualmente são o testemunho de um processo natural e lento de toda a envolvente geomorfológica da serra, que se traduz no degelo ou congelamento, originando línguas de gelo que se iniciam nas altitudes mais altas até ao simples vale mais baixo, moldando-os à linha que se encontram aqui. Assim, numa aventura gélida, os mais corajosos são convidados a realizar esta rota que permitem o total conhecimento da origem do glaciar, desde a cúpula da montanha que vai descrevendo a paisagem à medida que vai descendo. Assim, são destacados os vales do Zêzere, de Alforfa, de Loriga, do Covão Grande e do Urso, que apresentam cinco percursos que o gelo foi moldando.

No seguimento do rio, que procura desaguar no oceano Atlântico, no Parque Natural da Serra da Estrela brotam os maiores rios de Portugal, nomeadamente o Mondego e o Zêzere, bem como o Alva. Perto da Reserva Natural da Serra da Malcata, o rio Côa molda as paisagens à medida que atravessa o Planalto Beirão, especificamente Almeida, Pinhel e Figueira Castelo Rodrigo, e que alberga nas suas margens o espetacular conjunto de gravuras rupestres, Vale do Côa. Porém, sem deixar de referir, neste parque existe um conjunto de lagoas, acolhendo cerca de 25 lagoas que refletem a sua pureza como os espelho refletem uma imagem. É aconselhado a exploração deste património natural durante as estações mais quentes do ano.