Câmara de Lobos
Como sede de concelho, freguesia e cidade, Câmara de Lobos encontra-se na costa sul da ilha da Madeira. O seu nome proveio da época em que a ilha fora descoberta e neste local foram avistados lobos-marinhos na enseada que ainda contém a mesma configuração. Hoje em dia, estes lobos-marinhos surgem na preservada Ilhas Desertas. As atividades essenciais para a economia são a pesca, a agricultura, especialmente a cultura da banana , o comércio, os serviços e a indústria. Juntamente com a Câmara de Lobos, encontram-se mais quatro freguesias: Curral das Freiras, Estreito de Câmara de Lobos, Jardim da Serra e Quinta Grande.
Sendo o primeiro local a ser encontrado, Câmara de Lobos foi a habitação de João Gonçalves Zarco, o navegador que descobriu a ilha, entre 1420 e 1424, sendo também a primeira povoação a ser estabelecida, elevando-se a freguesia em 1430. Uma terra de pescadores que caçam especialmente o peixe-espada preto, mas também são afamadas os seus barcos pitorescos, conhecidos como Xavelhas. Em 8 de janeiro de 1950, o antigo primeiro-ministro inglês, Winston Churchill pintou o seu retrato aquando a visita à Ilha da Madeira. Já subindo para ao Ilhéu de Câmara de Lobos, encontra-se grande parte da classe piscatória da localidade, tendo sido remodelado e adaptado, obtendo um bonito jardim que possibilita a vista sobre uma paisagem sobre a cidade, mar e arredores como o Cabo Girão.
Já a freguesias mais extensa deste concelho é Curral das Freiras, estando num vale profundo, ao que se assemelha a um vulcão, esta localidade nasceu de uma situação que remonta a 1560. as freiras do Convento de Santa Clara fugira, dos corsários franceses luteranos, que invadiram e saquearam o Funchal, estas procuraram abrigo nesta zona, entre as montanhas, sendo um local com grande visibilidade tanto para o mar como para o resto da ilha e tendo um difícil acesso torna-se mais protegido. Atualmente, ainda é necessário o acesso por carro numa estrada serpenteante a partir do Funchal.
O nome da freguesia de Estreito de Câmara de Lobos adveio da sua característica geográfica, por se encontra-se num desfiladeiro num vale estreito, porém também pode ter este nome primitivo de Estreito. Com o tempo, esta localidade estendeu-se pelos terrenos envolventes, até à freguesia atual. O vinho da Madeira está intimamente relacionado com esta freguesia, em que a sua paisagem muda de cores duas vezes por ano, em que as suas vinhas passam de folhas verdes para roxas e vice-versa.
A freguesia mais jovem da ilha da Madeira é o Jardim da Serra, o seu nome proveio da Quinta do Jardim da Serra, erguida neste local, no século XIX, por Henry Weiteh, com o seu magnífico jardim que originou esta freguesia. Os seus terrenos férteis são perfeitos para o cultivo de cerejas, sendo o único local em que estas se desenvolvem e em sua honra é celebrada uma festa.
O nome da freguesia da Quinta Grande tem origem na extensa propriedade jesuíta, que os povoaram e ao longo do tempo foram abrangendo a localidade. No fundo do Cabo Girão encontram-se fajãs com terrenos cultivados, que podem ser acedidos através de passeios de barco ou teleférico. Também se destaca o miradouro da Fajã dos Padres e a Quinta do Pomar, na qual se pode descer de elevador para a praia.