Sem dúvidas que a Serra da Estrela oferece uma paisagem de cortar muito mais a respiração, assim, é necessário percorrer com os olhos, devagar, devagarinho. Aqui o tempo ganha uma forma diferente, com os seus caminhos e penedos assombrosos, aqui nesta grande cadeia montanhosa, a magia renasce, enquanto nos sentimos minúsculos face à sua grandiosidade glaciar, gélida e branca.

Explorando melhor esta serra, descendo pelas montanhas, com toda a calma surgem aldeias e vilas muito típicas e serranas, em cada arvoredo, em cada ribeiro e curso de água, como é Seia, Manteigas, Sabugueiro, porém a real beleza encontra-se na Lagoa Comprida, nas Penhas da Saúde.

Para aqueles que a procuram pela neve, nada melhor do que subir até à Torre e começar a brincadeira e diversão. Percorrendo os seus vales glaciares, que outrora foram desenhados pela natureza há mais de vinte mil anos, cobrindo-se de neve branca, matagal verdejante ou acumular de folhas castanhas, nas suas fragas, lagoas, planícies, encostas e vales – a paisagem vai mudando, seguindo os passos da mãe natureza.

O verdadeiro explorar desta serra, os seus segredos são desvendados no passeio pedestre, no meditar no silêncio, numa aventura radical.

Porém, para além de uma simples serra, a Serra da Estrela é uma região, que alberga o Parque Natural da Serra da Estrela, subdividindo-se em seis concelhos, numa extensão com mais de cem mil hectares. Começando pelas informações desta, presentes no Centro de Interpretação da Serra da Estrela, que reúne a tecnologia juntamente com o conhecimento, fornecem o melhor para o visitante.

É aconselhado em primeiro visitar, passear pelas aldeias históricas, seguindo pelas judiarias raianas, conhecendo castelos da fronteira, indo até ao Celorico da Beira, para conhecer o épico Queijo da Serra, seguindo para uma degustação deste com enchidos e mel.

Mas o melhor conselho que é dado nesta serra é: Sem pressas, explore os encantos, recantos, cores e sabores que esta lhe oferece.