Faro

É uma cidade e capital de distrito, que também é sede de município de 4 freguesias, Conceição e Estoi; Faro (Sé e São Pedro); Montenegro; Santa Bárbara de Nexe. Este município encontra-se limitado a norte e oeste por São Brás de Alportel, a leste por Olhão, a oeste por Loulé e a sul pela extensão oceânica do Atlântico.

As primeiras marcas deixadas em Faro remontam ao século IV a.C., uma época de colonização fenícia do Mediterrâneo Ocidental, ao que colocaram o nome de Ossanoba, um dos mais importante centros urbanos da região sul de Portugal, em que as trocas comerciais de produtos agrícolas, peixe e minérios tinham uma maior afluência. Posteriormente, entre os séculos II a.C e VIII d.C, a cidade encontrava-se sob domínio Romano e Visigodo, tendo sido conquistada pelos mouros no ano de 713. Esta ocupação prevaleceu até ao século IX, desaparecendo e dando lugar a Santa Maria Ibn Harun, a capital de um efémero principado independente no século IX, sendo uma cidade fortemente fortificada, com uma cintura muralhada. Mais tarde, passa a designar-se de Harune, que originou o nome de Faro.

Um pouco da história de Faro

Com a independência de Portugal, em 1143, D. Afonso Henriques e seus sucessores começaram a sua expansão para sul do país, reconquistando territórios e vilas sob domínio árabe. Em 1249, após a conquista de D. Afonso III, a vila de Santa Maria Ibn Harun, passou a denominar-se de Santa Maria de Faaron ou Santa Maria de Faaram.

Ao longo dos séculos, Faro cresceu e tornou-se uma cidade próspera, tanto pela sua posição geográfica, mas também pelo seu porto seguro e à exploração e consequente comercialização do sal e produtos agrícolas do interior algarvio. Durante a época dos Descobrimentos Portugueses, as trocas comerciais intensificaram-se.

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No século XIV, a comunidade Judaica começa a ganhar relevância e prestígio em Faro, sendo uma das suas figuras mais importância foi o tipógrafo Samuel Gacon, responsável pela impressão do “Pentateuco” em Hebraico, o primeiro livro impresso em Portugal em 1487. Com uma comunidade distinta, Faro tornou-se uma região notável, com os seus artesãos e gentes empreendedoras. Contudo, a ascensão desta comunidade foi interrompida pelo Édito emitido por D. Manuel I, em 496, no qual a expulsa de Portugal, caso não houvesse uma conversão para o catolicismo.

Consequentemente, a comunidade Judaica deixa de habitar em Portugal, e em específico em Faro. Na zona onde se encontrava a judiaria, na Vila Adentro, foi erguido o Convento de Nossa Senhora da Assunção com o patrocínio da Rainha D. Leonor, esposa de D. Manuel I. Em 1499, este monarca promoveu uma alteração urbanística, criando novos equipamentos na cidade, nomeadamente um Hospital, a Igreja do Espírito Santo (Igreja da Misericórdia), a Alfândega e um Açougue – fora das alcaçarias e junto ao litoral.

No ano de 1540, D. João III eleva Faro a cidade e em 1577, a sede do bispado do Algarve é transferida para aqui, deixando Silves. Em 1596, tropas inglesas, a comando do Conde Essex, saquearam e incendiaram a cidade, provocando grandes danos tanto nas muralhas, igrejas e em património material.

Os século XVII e XVIII são um monumento de grande expansão para Faro, com uma nova cintura muralhada, que abrangia uma área edificada e terrenos de cultura, num semicírculo à frente da Ria Formosa.

Com o terramoto de 1755, todo o Algarve sofreu danos. A cidade de Faro teve danos tanto em património eclesiástico, desde igrejas, conventos até ao Paço Episcopal; as muralhas, o castelo com as torres e baluartes, os quartéis, o corpo da guarda, armazéns, o edifício da alfândega, a cadeia, os conventos de São Francisco e o de Santa Clara ficaram totalmente destruídos.

Até aos finais do século XIX, a cidade cresceu dentro dos limites da Cerca Seiscentista, porém, nas últimas décadas, especialmente mais recentemente, tanto a cidade como o concelho teve um impulso e cresceu tanto devido às suas atividades agrícolas, piscatórias e artesanais, mas também devido ao boom turístico.