Olhão
É uma cidade do distrito de Faro e é sede de município de 4 freguesias Moncarapacho e Fuseta; Olhão; Pechão; Quelfes. Este é limitado a norte por São Brás de Alportel, por Tavira também a norte e a leste, a oeste por Faro e no litoral é banhado pelo majestoso Oceano Atlântico.
Um pouco da história de Olhão
Indícios de povoamento foram encontrados e atestam a ocupação desde os tempos pré-históricos de Olhão. Uma das mais antigas referências escritas, em 1378, de Olhão designam-o de Olham.
A água terá sido um dos fatores mais decisivos para os pescadores começassem a fixar-se na praia de Olhão, no início do século XVII. Neste sentido, o pequeno povoado desenvolve-se, mesmo contra a ordem e vontade das autoridades de Faro, a que esta região pertencia. Sendo beneficiado, esse povoado obtém a proteção da Fortaleza de São Lourenço, mesmo precária, permitia a guarda e impedia a entrada da barra e dissuadia ataques dos corsários.
Durante as ocupações francesas do Algarve, em 1808, a população de Olhão erguer-se contra os abusos dos invasores, culminando com expulsão dos franceses na zona de Olhão e seguindo tal ato, todo o Algarve viu-se livre de tais forças opressivas. No mês seguinte, uma frota “Caíque Bom Sucesso” com destino ao Brasil, leva consigo homens de Olhão, que entregariam a novidade da expulsão francesa de terras nacionais. Estes homens levavam consigo uma carta extra-oficial, que descrevia audaciosa atitude que os olhanenses tomaram nessa revolta.
Com o aumento da atividade piscatória na zona costeira e alto mar, juntamente com as trocas comerciais, existe um surto populacional e em 1965, os morados de Olhão requerem ao Bispo a sua desanexação da freguesia de Quelfes, sendo assim criada a Freguesia de Nossa Senhora do Rosário de Olhão.
Como recompensa de tal ato de bravura, o Príncipe-Regente oferece um Alvará com força de Lei, distinguindo Olhão e seus habitantes, transformando esta Vila e ordenando-a que “se denomine Vila de Olhão da Restauração”. Neste momento, a vila necessitava de uma criação de um novo concelho, dotado de autonomia local, algo que apenas aconteceria em 1826, sendo erguida a Câmara de Olhão e cria-se o lugar de Juiz de Fora que presidia à Vereação.
No ano de 1835, a freguesia de Moncarapacho uniu-se à parte do Termo de Olhão e no ano seguinte a Câmara tomou posse das freguesias de Olhão, Quelfes, Pechão e parte da freguesia de Moncarapacho.
Ao longos dos anos, uma vez pequena vila de pescadores ergueu-se num grande centro urbano, económico e social, florescendo até em 1985 é elevada ao estatuto de cidade, de Vila de Olhão da Restauração torna-se na Cidade de Olhão da Restauração.