Património de Aljezur

A história de Aljezur é contada pelo seu património, pelas suas gentes, pelas suas tradições. Um passado muçulmano que se transformou para um presente multicultural. Esta evolução observa-se nas ruínas, nas igrejas e nos monumentos presentes em Aljezur.

Património do Algarve

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Museu Municipal de Aljezur – este é composto por dois núcleos museológicos e uma galeria de arte. Apresentando importantes vestígios arqueológicos dos períodos Mirense, do final da Idade Glaciária ao 7000 anos a.C., Neolítico Final/Calcolítico de 3000-2500 anos a. C., e Idade do Bronze entre 1200 e 900/800 anos a.C., com interessante conjunto de cerâmicas muçulmanas provenientes do Castelo de Aljezur, em que se destaca ainda a Pedra de Armas com o Brasão da Ordem de Santiago, que se julga proveniente da antiga Igreja Matriz de Aljezur, destruída pelo terramoto de 1755. O núcleo de etnografia apresenta um quarto e uma cozinha tradicionais, apresenta ainda um amplo espaço com um valioso espólio, onde constam peças da etnografia aljezurense como a charrua, a carroça, os arados, bem como diversos utensílios utilizados na lide diária das atividades tradicionais.

Fortaleza e Igreja da Carrapateira – na aldeia da Carrapateira, esta data de 1673, para defesa da costa contra os corsários marroquinos e envolve a igreja à data já existente naquele local, dedicada a Nossa Senhora da Conceição, estando na zona mais alta, tendo a poente uma zona plana de em que se avistava o mar e a povoação se desenvolvido a nascente e a Sul, foi o que melhor serviu para em 1673 se vir a construir o Forte da Carrapateira, por D. Nuno da Cunha de Ataíde, Conde de Pontevel e Governador do Reino. Envolveu assim, esta fortaleza, o templo já existente.

Igreja da Misericórdia de Aljezur – edificada no século XVI, ficando fortemente danificada pelo terramoto de 1755, sendo mais tarde reconstruida no século XVIII. Esta possui um singelo portal renascentista, que ostenta a data de 1577. E como propriedade da Santa Casa da Misericórdia de Aljezur, o seu interior é também de uma grande simplicidade, com uma só nave e um pequeno e simples arco triunfal (Renascença).

Museu de Arte Sacra Monsenhor Manuel Francisco Pardal – estando em anexo à Igreja da Misericórdia, é um museu de temática religiosa com o espólio da Misericórdia de Aljezur, da Paróquia de Nossa Senhora da Alva e com algumas ofertas e aquisições. O seu patrono é o ilustre aljezurense Monsenhor Cónego Manuel Francisco Pardal. As peças estão distribuídas por sete vitrinas de acordo com o Tempo Litúrgico da Igreja Católica: Advento, Natal, Tempo Comum, Quaresma e Semana Santa, Páscoa, Pentecostes e Tempo Comum. De destaque é a primeira vitrina que contém objetos pessoais e outros, referentes ao patrono deste museu.

Museu Pintor José Cercas – do acervo da casa do pintor José Cercas nascido a 1914 e falecido a 1992, natural de Aljezur, constam peças de louças nacionais e estrangeiras, faianças, esculturas, arte sacra, valioso mobiliário de várias épocas, quadros e desenhos da sua autoria e outras pinturas de artistas nacionais.

Museu Antoniano – anteriormente como capela de Santo António de Aljezur, construção do século XVII, passando depois de 1809 a servir de habitação, tendo sido em 1998, aqui instalado um museu alusivo a Santo António. Este possui imagens do santo de épocas diferentes, quadros, gravuras antigas, livros, moedas e medalhas, estampas e outras curiosidades relativas ao tema.

Castelo de Aljezur – um Monumento Nacional erguido pelos árabes no século X e tomado aos mouros no século XIII, foi o último castelo a ser conquistado no Algarve. Embora em mau estado de conservação, mantém a sua cerca de muralhas do século XIV e duas torres. Neste local é possível desfrutar-se de uma magnífica vista panorâmica, desde a nascente sobre a imensa várzea de Aljezur e sobre a zona da Igreja Nova até à poente sobre o Vale D. Sancho, outrora se cultivava o arroz.

Fonte das Mentiras – à beira do caminho, na base do contraforte oeste do cerro do castelo, é poeticamente um lugar de conjuntura arqueológica e histórica e tema de variadas lendas. É que a fonte, defendem, através de uma passagem subterrânea comunica com o castelo e ali se escondera uma bela moura, amada por um cristão, aquando da conquista da vila.

Igreja Matriz de Nossa Senhora da Alva ou Igreja Nova – no aglomerado urbano da vila de Aljezur denominado de Igreja Nova, foi erigida nos finais do século XVIII. No seu interior encontram-se três naves com o retábulo da Capela-Mor em talha neoclássica, ostentando a imagem da padroeira de Aljezur, Nossa Senhora da Alva.

Ruínas da Fortaleza da Arrifana – erguido no reinado de Filipe III, este visava a defensa dos pescadores que pescavam na praia da Arrifana. Com o passar dos anos, este forte foi-se progressivamente destruindo, sobretudo devido à ação do tempo e das águas do mar nas marés vivas. Em 1670, foi reedificado e em 1755 foi atingido pelo grande terramoto, ficando profundamente danificado. Um autêntico miradouro natural, daqui poderá desfrutar de uma das mais belas panorâmicas da Costa Vicentina.

Rîbat da Arrifana – perto do Vale da Telha, este convento-fortaleza foi fundado pelo mestre sufi Ibn Qasî, cerca de 1130, e erguido na Ponta da Atalaia, que servia durante a longa ocupação árabe como um misto de centro religioso e militar. As escavações arqueológicas levadas a efeito puseram a descoberto um conjunto de mesquitas e de oratórios, de diferentes constituições e dimensões, continuando ainda os trabalhos por equipas de arqueólogos. Este é o que resta de um dos maiores Rîbats jamais encontrados na Península Ibérica. Estando em particular e em extremamente bem conservados os espaços consagrados às orações a Alá, virados para Meca.

Igreja Paroquial de Odeceixe – construída no século XIX foi inaugurada em 1880, sendo a sua padroeira a Nossa Senhora da Piedade, que pertencia ao padroado da Ordem de Santiago. A sua arquitetura é de uma grande simplicidade, destacando-se no interior, um equilibrado arco triunfal de estilo manuelino. Capela-mor em estilo neoclássico.

Moinho de Vento de Odeceixe – no alto da vila de Odeceixe, este encontra-se em pleno funcionamento, sendo possível observar-se todo o processo artesanal de moagem de cereais, em que o moleiro vigia a direção do vento e domina todas as tarefas implícitas na moagem. Também deste local poderá desfrutar de uma magnífica panorâmica sobre o casario branco da vila, sobre a várzea e sobre a serpenteante ribeira de Seixe.

Adega-Museu de Odeceixe – um núcleo museológico que pretende recriar um espaço de adega, tal como outrora existiam várias nesta zona, sobretudo entre as décadas de vinte e quarenta do século XX. Esta casa desempenhava para o seu proprietário uma função social, convidando amigos para a “prova do vinho” e para a “petisqueira”, como nela se podia ultimar um “negócio” ou oferecer a “adiafa”, uma refeição ou merenda oferecida aos trabalhadores pela conclusão de uma tarefa agrícola ou de uma construção. No seu espólio podem ser observados os utensílios suficientes para o desempenho da atividade.

Moinho de Arregata – a escassos metros de Rogil, encontra-se este moinho, sendo também possível observar-se os engenhos e utensílios artesanais de moagem de cereais.

Igreja Paroquial da Bordeira – um templo erguido anteriormente ao terramoto de 1755 e apresenta uma arquitetura bastante simples. Contudo, o seu interior, de uma só nave, é de um enorme contraste com o exterior. O arco triunfal, o altar-mor e os colaterais apresentam-se em talha barroca, com motivos genuinamente algarvias, como os figos, que proliferam por toda a província. A sua padroeira é a Nossa Senhora da Encarnação. Na frontaria principal da igreja da Bordeira existe um pórtico de cantaria em estilo manuelino, que dá acesso ao antigo cemitério, anexo à igreja. Admite-se, contudo, que não foi executado para este fim, considerando-se o seu posterior reaproveitamento para aquela entrada.

Museu do Mar e da Terra da Carrapateira – na aldeia da Carrapateira, este museu pretende transmitir a vida do mar e de quem dele subsiste, assim como as atividades ligadas à terra, através de audiovisuais e da representação de objetos e utensílios utilizados na lide diária dessas atividades tradicionais.