Património de Faro

Estrategicamente posicionado, Faro sempre atraiu diversos povos, culturas e religiões, algo observável em todo o património histórico e edificado.

Património de Faro

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Sé Catedral – um Monumento de Interesse Público, a sua igreja foi construída sobre as ruínas do antigo templo romano, um mesquita durante o período árabe, sendo adaptada à igreja após a conquista de D. Afonso III. Em 1577, foi elevada a sede de bispado, ano em que ocorreu a mudança do assento episcopal de Silves para Faro. O ataque das tropas Inglesas e os terramotos que abalaram a cidade obrigaram a sucessivas obras de reconstrução do edifício, alterando significativamente a sua traça primitiva. Atualmente, ficou um edifício cujo exterior reflete a intervenção de várias épocas, com um interior de características renascentistas e uma decoração de estilo barroco. Esta igreja de três naves, separadas por colunas dóricas e arcos de volta perfeita, tem uma capela–mor e sete capelas construídas em diferentes períodos, e de salientar são os retábulos que se encontram no seu interior, alguns de primorosa execução e o órgão do século XVIII com motivos em chinoiserie. Durante o inverno encontra-se aberto de segunda-feira a sexta-feira – 10:00h às 17:00h, sábado: 10:00h às 12:30h, encerra ao domingo. Já no período de verão, abre de segunda-feira a sexta-feira – 10:00h às 18:00h, sábado: 10:00h às 12:30h, encerra ao domingo. O horário de culto é de segunda-feira a sexta-feira: 8:45h, sábado: 18:00h, em julho e agosto às 21:30h, domingo: 12:00h.

Arco da Vila e Porta Árabe – um Monumento Nacional, numa das entradas do recinto muralhado, foi mandado construir por D. Francisco Gomes do Avelar, Bispo do Algarve, e projetado por Francisco Xavier Fabri, um arquiteto genovês. Este portal monumental figura a imagem de S. Tomás de Aquino num nicho. Tendo como propósito a sacralização da Vila-Adentro e a dignificação da antiga Praça da Rainha, o atual Jardim Manuel Bivar, foi inaugurado em 1812. Constitui um dos mais representativos exemplares do neoclassicismo no Algarve. Constitui uma das entradas na cidade de Faro na época islâmica e remonta ao século XI. Sendo o único arco em ferradura no seu local de origem em todo o Algarve. Existe uma lenda associada à mesma em que refere a existência de uma imagem da Virgem, nas muralhas, que os árabes deitaram ao mar; a partir de então a terra e o mar deixaram de produzir. Os árabes voltaram a colocar a imagem no seu local e a terra voltou a dar fruto e o mar peixe em abundância.

Convento da Nossa Senhora da Assunção – este é um edifício de características renascentistas, com uma igreja manuelina com cúpula barroca, e entrada lateral através de um pórtico do renascimento. Destaca-se o claustro em estilo Coimbrão, de dois pisos, com contrafortes salientes, arcadas de volta inteira no piso térreo e arquitrave no piso superior e para a decoração animalista das gárgulas. Em 1519, a rainha D. Leonor manda edificar na cidade de Faro, no local em que funcionou durante séculos a próspera judiaria de Faro, um convento destinado às freiras Capuchas de Santa Clara. As obras iniciadas por D. Leonor são prosseguidas por D. Catarina que para isso contrata o arquiteto Afonso Pires. Em 1950 dá-se por concluída a construção do convento de Nª Srª da Assunção ou Convento das Freiras. Porém, o ataque dos Ingleses em 1596 causa grandes danos no edifício e juntamente com o terramoto de 1755, a igreja e parte dos dormitórios colapsam. No século XIX o convento é abandonado, indo as freiras para a cidade de Tavira. Nos finais desse século é comprado por particulares instalando-se no seu interior uma fábrica de cortiça. Em 1948 é classificado como Monumento Nacional, sendo restaurado na década de sessenta. Desde 1973 o edifício alberga o Museu Arqueológico e Lapidar Infante D. Henrique – Museu Municipal de Faro. De 1 de outubro a 31 de maio abre de terça-feira a sexta-feira das 10:00h às 18:00h, sábado e domingo das 10:30h às 17:00h. Entrada paga, exceto ao domingo até às 14:30h. De junho e setembro abre de terça-feira a sexta-feira das 10:00h às 19:00h, sábado e domingo das 11:30h às 18:00h. Entrada paga, exceto ao domingo até às 15:30h. Entre julho e agosto, está aberto de terça-feira a sexta-feira das 10:00h às 22:00h, sábado e domingo das 14:30h às 22:00h. Entrada paga, exceto ao domingo até às 17:00h. Encerra à segunda-feira.

Ruínas de Milreu – classificado como Monumento Nacional, estas ruínas foram descobertas por Estácio da Veiga cujas escavações arqueológicas iniciaram em 1877, trata-se de uma Villa Rústica habitada desde o século I d.C., sofre grandes transformações no século II/III, quando passa a edifício de luxo, percetível ainda pelos restos de mosaicos e mármores. A Villa desenvolve-se à volta de um peristilo central ligado diretamente às termas, de grandes dimensões. A referir o templo de galeria dedicado ao culto da água já do século IV d.C., tendo sido sucessivamente reaproveitado até ao período islâmico. No Centro de Interpretação das Ruínas, pode ver a maqueta do templo e alguns aspetos construtivos da Villa, bem como as réplicas dos bustos imperiais. No verão, de maio a setembro, está aberto das 9:30h às 13:00h e das 14:00h às 18:30h. No inverno, de outubro a abril das 9:00h às 13:00h e das 14:00h às 17:30h. Encerra às segundas-feiras e nos feriados de 1 de janeiro, 1 de maio e 25 de dezembro.

Igreja Matriz de São Pedro – devido à transferência da Sé da cidade de Silves para Faro em 1577, a Ordem de Santiago, que então ocupava a Igreja de Santa Maria, esta é obrigada a abandoná-la, indo construir uma nova igreja no local onde já existia, desde 1518, uma capela fundada pelos pescadores residentes no bairro da Ribeira, surgindo assim a Igreja de S. Pedro ou Igreja Paroquial. Um Monumento de Interesse Público, com três naves, a central mais alta, separadas por colunas dóricas e arcos de volta perfeita, em estilo renascentista. A capela-mor encontra-se ornamentada com um retábulo do final do século XVII, pertencente ao período do barroco experimental. Uma imagem em pedra de Nossa Senhora da Esperança e uma imagem de Santa Ana, atribuída ao escultor Machado de Castro, integram o espólio desta igreja, que inclui, ainda, telas e imagens provenientes de vários conventos. Encontra-se aberta de segunda-feira a sexta-feira das 8:30h às 12:00h e das 15:00h às 18:00h, sábado das 9:00 às 12:00h e das 15:00h às 18:00h, domingo das 9:30 às 11:00h. O horário de culto decorre de terça-feira a sábado às 18:00h e domingo às 11:00h.

Igreja do Convento de Santo António dos Capuchos – considerada como Monumento de Interesse Público, foi mandada construir em 1620 pelo Bispo D. João Coutinho. As suas obras prolongaram-se até 1622 tendo sido inaugurada a 13 de junho, dia do padroeiro Santo António. Nos inícios do século XIX, devido à extinção das ordens religiosas, no convento desta igreja instalou-se a Guarda Nacional Republicana, onde se encontra até aos dias de hoje. São igualmente dignos de referência os trabalhos de azulejaria e talha que se encontram no seu interior.