Albufeira

É uma cidade do distrito de Faro e é sede de município de 4 freguesias, Albufeira e Olhos de Água; Ferreiras; Guia; Paderne. Este município encontra-se limitado a oeste e noroeste por Silves, a nordeste e leste por Loulé e a sul é banhado pelo Oceano Atlântico.

São desconhecidas origens de Albufeira, mas crê-se que esta região foi povoada em tempos pré-históricos e que o local onde se está a cidade, terá sido uma povoação com um porto marítimo.

Um pouco da história de Albufeira

Vestígios de escavações arqueológicas demonstram que Albufeira teve uma povoação romana a que lhe chamaram Baltum, na qual introduziram um sistema organizativo e administrativo centralizado e desenvolveram uma intensa atividade agrícola e comercial, construíram aquedutos, estradas e pontes, das quais ainda se mantêm em pé.

Albufeira é de denominação árabe da palavra “Al-buhera”, que significa castelo do mar, uma vez que esta região encontra-se muito próxima do oceano e da lagoa.

No período de ocupação árabe, foram construídas fortificações defensivas que tornou Albufeira impenetrável, visto que esta era uma das praças em que a povoação árabe a conservou por mais tempo, em seu poder. Porém, a povoação árabe também desenvolveu bastante a agricultura nesta região, em que foram introduzidas novas técnicas e novas culturas, nomeadamente, charruas e adubos, assim como noras para elevar a água dos poços, novos sistemas de irrigação nos campos, designadamente açudes e levadas, tornando-as em zonas incultas em hortas e pomares.

Destinos Algarvios

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Aquando a pose do trono por D. Afonso III, grande parte do Algarve encontrava-se sob o poder cristão, reconquisto por templários, hospitalários e ordens militares, que avançavam rapidamente, mas ficavam sempre diante das muralhas de Albufeira. Apenas depois da tomada de Faro, é que a situação de Albufeira tornou-se insustentável. Contudo, ao verem-se cercados por inimigos portugueses, a praça árabe de Albufeira caiu em poder de D. Afonso III, que seguidamente doou à Ordem de Aviz. Afastados do seu centro de poder, os mouros refugiaram-se numa caverna denominada de Cova do Xorino, pouco a baixo das rochas delimitantes a sul de Albufeira.

Sendo uma das cidades algarvias que sofre mais por cataclismos naturais, porém um forte terramoto causou graves estragos em Albufeira, em que o mar a invadiu com ondas de 10 metros que alcançaram quase todos os edifícios, restando apenas 27 habitações mas ficando bastante arruinadas.

A antiga mesquita adaptada ao culto cristão, agora Igreja Matriz, foi ponto de refúgio para a população, porém neste esta aguentou e desabou causando 227 vítimas. Ainda após o terramoto, todo o Algarve continuou a sofrer abalos até quase um ano depois, porém, não foi considerado como um impeditivo para a reconstrução, especialmente pela ordem do Bispo D. Francisco Gomes de Avelar.

Em 1833, durante a guerra civil, Albufeira foi cercada e atacada por soldados do Remexido, um chefe absolutista que causou a morte de um elevado número de habitantes e danificou gravemente a vila. Mais tarde, no século XIX, Albufeira desenvolveu-se muito devido à atividades piscatória. Já nas primeiras décadas do século XX, registou-se um grande aumento da exportação de peixe e frutos secos, neste momento Albufeira tinha cinco fábricas em que empregava 700 a 800 pessoas, especialmente mulheres de pescadores.

Entre 1930 e 1960, surgiram tempos de decadência, em que as armações de pesca ficaram arruinadas, as fábricas fecharam, embarcações desapareceram e habitações foram abandonadas, a população viu-se a diminuir e a pesca tornou-se apenas uma atividade de subsistência.

No início da década de 60, assistiu-se a um boom turístico, em que Albufeira foi bastante procurada por turistas nacionais e mais tarde por turistas estrangeiros, nomeadamente ingleses.

E na década de 80, surge um enorme surto urbanístico, levando ao grande desenvolvimento e crescimento para nascente da vila de Albufeira, para onde foram transferidos grande parte dos serviços administrativos, incluindo a Câmara Municipal.