Património de Portimão

Procurado pela suas características únicas e excelentes condições, Portimão desde sempre albergou humanos, que aqui ficaram, outros vieram e lutaram por estas terras, outros venceram e aqui fizeram as suas casas. Portimão repleto de história passada, vivendo o presente e olhando para o futuro.

Património do Algarve

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Lugar de Alcalar – há cerca de 5.000 anos, uma comunidade pré-histórica se fixou e viveu neste local, em que estabeleceram uma aldeia defendida por muros, trincheiras e taludes, construíram habitações, junto das quais edificaram um importante conjunto de túmulos megalíticos. Os vestígios encontrados permitem conhecer o seu modo de vida, das suas atividades, da forma de ocupação e utilização deste lugar. A relação com a morte está patente nas formas de construção dos diferentes tipos de sepulcros, desde as sepulturas coletivas até às especialmente destinadas aos chefes e seus familiares. Descobertos e explorados desde os finais do século XIX, os monumentos megalíticos de Alcalar estão classificados como Monumento Nacional. Em Alcalar, dois desses monumentos funerários encontram-se abertos ao público e permitem um contacto direto com os processos e os materiais utilizados na sua construção.

Quinta Pedagógica – um espaço de reaproximação ao campo, à vivência e aos valores do mundo rural tão importantes para o crescimento de uma população urbana cada vez mais afastada desta realidade. Esta quinta traz à cidade tudo o que o campo tem de bom, todos os seus ensinamentos, todas as suas experiências de vida.

Museu de Portimão – para observar de perto algumas das peças originais, encontradas nos diferentes monumentos e no povoado, conseguindo deste modo, um melhor entendimento do legado cultural desta comunidade milenar. Para descobrir e ficar a saber mais sobre a vida destas comunidades na pré-história, este museu preparou um conjunto diversificado de atividades: tanto visitas orientadas, Um dia na Pré- história; Sons da natureza; Caçadores da pré-história; Construtores de monumentos; Olaria/ Soenga; Tecelagem; Talhe de Pedra; Moagem; Centro de Interpretação de Alcalar. Estando aberto de 1 Setembro a 31 Julho de terça a sábado das 10h00 – 13h00 e das 14h00 – 16h30, sendo a última entrada às16h15. De 1 a 31 Agosto de terça a sábado das 10h00 – 13h00 e das 14h00 – 18h00, sendo a última entrada às17h45. Encerrando ao domingos e segunda-feira.

Forte de Santa Catarina ou Fortaleza de Santa Catarina de Ribamar – numa posição dominante sobre uma elevação no extremo leste da Praia da Rocha, junto ao rio Arade, esta fortificação defendia a povoação e a barra do rio Arade, cooperando com o Forte de São João do Arade, na margem oposta do rio, em Ferragudo. Durante a Dinastia Filipina, esta fortificação foi mandada construir no reinado de Filipe III, no local em que já existia uma ermida dedicada a Santa Catarina de Alexandria, da qual ainda subsiste o portal gótico primitivo no interior. Com o terramoto de 1755, esta fortificação sofreu grandes estragos. No século XX esteve ocupada pela Polícia Marítima e pela Guarda Fiscal, tendo também servido como restaurante, café e geladaria. Atualmente as dependências do forte são usadas como local de lazer pelos turistas que demandam a Praia da Rocha e a adjacente Marina de Portimão.

Convento de São Francisco ou Convento de Nossa Senhora da Esperança – antigo convento franciscano do século XVI, de estilo manuelino e maneirista, situado junto ao rio Arade, na cidade de Portimão e atualmente encontra-se em estado de degradação. Fundado em 1530 por Simão Correia, capitão de Azamor e figura importante do Algarve na época quinhentista, este convento nasceu de uma doação de casas feita aos Frades Observantes da Província Franciscana de Portugal. Ainda se desconhecem os primeiros tempos de vida desta instituição religiosa, uma vez que o estabelecimento dos frades apenas aconteceu em 1541 dadas algumas divergências no seio dos franciscanos peninsulares. Porém, registos do arquivo paroquial de 1734 permitem concluir que as obras de construção do convento iniciaram-se pouco depois da sua fundação. Nesses mesmos registos se refere que, quando os primeiros frades chegaram ao local, acharam a igreja já construída; por outro lado, sobre a entrada principal do edifício existia um brasão com as armas de Simão Correia, comprovando o empenhamento pessoal do próprio instituidor na edificação do conjunto conventual. No terramoto de 1755 deu-se o primeiro grande momento de destruição do edifício, com a derrocada da abóbada da igreja e de numerosas dependências conventuais, o que levou à transferência temporária da comunidade religiosa para a Igreja do Corpo Santo. Logo após a extinção das ordens religiosas, o convento passou a ter várias funções que não religiosas, tendo todas elas contribuído para a sua lenta destruição. Este convento foi classificado como Imóvel de Interesse Público pelo IGESPAR.

Castelo de Alvor – também denominado de Castelo de Albur ou Forte de Alvor, este localiza-se na vila e freguesia de Alvor, concelho de Portimão. Em posição dominante sobre uma elevação, fronteiro ao oceano Atlântico, é considerado um expressivo monumento militar no Algarve, tendo a sua história associada ao do vizinho Castelo de Silves. Um recente pesquisa arqueológica, evidenciou uma ocupação humana primitiva, através de um importante centro comercial pré-romano fortificado, que manteve a sua atividade durante a ocupação Romana e após. À época da ocupação Muçulmana, o sistema defensivo deste povoado se adensou, embora não esteja ainda totalmente compreendido pelos estudiosos: a defesa proporcionada pelo castelo Mouro era reforçada por redutos complementares, entre este e o mar. No contexto da campanha da conquista de Silves, D. Sancho I de Portugal tentou a tomada de Alvor desde 1187. Sendo mais tarde, com o reforço de uma armada de Cruzados oriundos da Dinamarca e da Frísia que assaltaram e conquistaram o Castelo de Alvor, antecipando o cerco e tomada do Castelo de Silves, na dependência de quem se inscrevem. A posição de Silves foi mantida pelos cristãos até 1191. Embora tenha se mantido como uma das principais povoações do Algarve, devido à excelência de sua enseada, aqui tendo falecido o rei D. João II, não foram localizadas informações acerca da evolução da arquitetura militar da vila e seu castelo. À época da Dinastia Filipina, na passagem do século XVI para o XVII, no contexto dos conflitos entre a Espanha e as potências do norte, as fortificações marítimas algarvias foram modernizadas e reforçadas. Sobre Alvor, Alexandre Massai, engenheiro-militar napolitano a serviço da Espanha, referiu a sua defesa era ineficaz diante da capacidade da artilharia da época, o que contribuiu para o abandono da estrutura, em favor de novas fortificações, concentradoras de forças em pontos-chaves do litoral sul de Portugal. Diante da perda de sua função defensiva, o castelo foi progressivamente sendo envolvido pelo crescimento da povoação ao longo dos séculos, vindo a cair em ruínas. Em fins do século XX, o castelo foi classificado como Imóvel de Interesse Público, em 1984, tendo sido transformado em um jardim infantil, em comemoração à conquista cristã da vila.