Património de Albufeira

São desconhecidas origens de Albufeira, mas crê-se que esta região foi povoada em tempos pré-históricos e que o local onde se está a cidade, terá sido uma povoação com um porto marítimo.

Património do Algarve

AlbufeiraAlcoutimAljezurCastro MarimFaroLagoaLagosLouléMonchiqueOlhãoPortimãoSão Brás de AlportelSilvesTaviraVila do BispoVila Real de Santo António

Museu Municipal de Arqueologia – no núcleo antigo da cidade, este está instalado no edifício em que funcionou, até ao final da década de 80, a Câmara Municipal, tendo características da arquitetura urbana do sul de Portugal, este imóvel é constituído por dois pisos sobranceiros ao mar. O museu dispõe de áreas de estudo, conservação, restauro e armazenamento de materiais, para além de uma pequena biblioteca temática. As peças estão intimamente ligadas com a história de Albufeira, desde as suas origens mais remotas até ao século XVII, subdividido em quatro grandes núcleos: Pormenor da fachada, Pré-História, Período Romano, Período Islâmico e Idade Moderna. O acervo principal foi reunido pelo Padre José Manuel Semedo de Azevedo e integra uma vaso neolítico, um conjunto de elementos arquitetónicos e de artefactos da Villa Romana da Retorta, necrópole do Morgado da Lameira e da Antiga Igreja Matriz de Albufeira, assim como alguns elementos encontrados na cidade e cuja origem se desconhece. Este museu integra a Rede Portuguesa de Museus, desde 2003, sendo um museu credenciado conforme o disposto na Lei Quadro dos Museus Portugueses e desde 2007, integra na Rede dos Museus do Algarve, desde 2007. Aberto de 1 de Setembro a 30 de Junho: sábados, domingos, terças-feiras e dias feriados – das 9h30 às 12h30 e das 13h30 às 17h30; restantes dias da semana – das 9h30 às 17h30; encerra às segundas-feiras. E de 1 de Julho a 31 de Agosto: sábados, domingos, terças-feiras e dias feriados – das 9h30 às 12h30 e das 13h30 às 17h30; quintas e sextas feiras – das 14h00 às 22h00, com disponibilização de visitas orientada; restantes dias da semana – das 9h30 às 17h30 e encerra às segundas-feiras.

 

Museu do Barrocal – fundamenta-se nos objetivos gerais de um museu regional ou de um eco museu, com a participação cativa da comunidade local, seguindo os princípios teóricos e práticos da ciência museológica, cumprindo a sua função social, científica e didática do museu a criar em Paderne. Este será um espaço de conhecimento e de experiências, bem como, um centro de recursos culturais, técnicos e científicos, preservando e divulgando o património cultural móvel, imóvel, natural e as memórias do Barrocal. Os conteúdos do Museu terão como ideias-chave: o património rural, a geomorfologia, a flora e a fauna do Barrocal.

Torre do Relógio – na Rua Bernardino de Sousa, é considerada o ex-libris da cidade. No século XIX foi dotada de uma coroa de ferro que sustenta o sino das horas e atualmente encontra-se iluminada em dias de festa.

Igreja Matriz – na Rua da Igreja Nova, remonta ao século XVIII e foi sagrada no dia 15 de Julho de 1800 pelo Bispo do Algarve, Dom Francisco Gomes de Avelar. A Igreja Matriz veio substituir a antiga Igreja Matriz que ruiu durante o terramoto de 1755. De estilo Neoclássico e de uma só nave, possui 4 capelas laterais, a capela batismal, o coro, dois púlpitos e duas salas laterais. Estas salas são dedicadas às Santas Almas, ao Bispo S. Luís, a Nª Srª de Fátima e ao Sagrado Coração de Jesus. De realçar, uma magnífica pintura da autoria do pintor Albufeirense Samora Barros que embeleza o altar-mor da igreja e que serve de fundo à imagem de Nª Srª da Conceição, padroeira de Albufeira. A encimar o arco da porta principal e do arco triunfal encontra-se a Cruz de Aviz, Ordem Religiosa-Militar a que pertenceu Albufeira.

Torre Sineira – construída em 1869, faz parte da Igreja Matriz. Com uma altura de 28m, o acesso é feito por uma longa escadaria no cimo da qual se encontra um carrilhão de oito sinos.

Capela da Misericórdia – uma antiga mesquita árabe, situada na Rua Henrique Calado foi capela dos Alcaides do Castelo. Em 1499 foi restaurada como Capela da Misericórdia. Também esta foi afetada pelo terramoto de 1755, tendo-se depois procedido à reconstrução do primitivo corpo e do portal em estilo gótico. No seu interior, salienta-se um retábulo de talha onde se encontra uma imagem da Nª Srª da Visitação e do Senhor Morto e, ainda, o túmulo de Rui Dias, que possivelmente teria sido Alcaide do Castelo.

Edifício da Antiga Albergaria – na Rua Henrique Calado e foi um dos poucos que escaparam ao terramoto de 1755. Aqui acorriam e pernoitavam viajantes e mendigos aos quais a Misericórdia prestava auxílio.

Igreja de S. Sebastião – construída em meados do século XVIII e localiza-se na Praça Miguel Bombarda. As suas formas arquitetónicas são de inspiração popular. Do seu exterior salienta-se uma cúpula e dois portais, sendo o lateral debruado por cantarias em estilo manuelino e o principal trabalhado, constituindo um belo exemplo da decoração barroca. O interior é de uma só nave e apresenta um retábulo de madeira da segunda metade do século XVIII, seis imagens de santos, todas em madeira e de autores desconhecidos e ainda uma imagem em pedra, talvez do século XVI que deveria pertencer à antiga Ermida de Nª Sª da Piedade.

Muralha do Castelo – apenas um vestígio situado na rua Joaquim Pedro Samora, de uma das Torres da Muralha do Castelo, onde ficaria situada a Porta Norte ou da Praia.

Bateria de Albufeira – construída, provavelmente, no século XVI, numa zona onde a falésia mede 41 metros de altura. O desmoronamento da falésia veio pôr a descoberto este compartimento subterrâneo que servia para armazenamento de munições e que ,ainda, hoje pode ser visto hoje do muro da Rua da Bateria.

Arco da Travessa da Igreja Velha – constitui um belo exemplo da arquitetura árabe e são de notar as bilhas e a calçada de rego central. O nome desta rua deve-se à existência de uma mesquita árabe, mais tarde transformada em Igreja Cristã e que também ruiu durante o terramoto de 1755.

Igreja de Sant’Ana – construído no século XVIII e está situado no Largo Jacinto d´Ayet. A Capela Mor apresenta um retábulo em madeira, possivelmente, da autoria dos mestres Francisco Xavier Guedelha e João Batista. É, ainda, de salientar um retábulo de Nª Srª das Dores e uma imagem de Cristo Crucificado, esculpida em madeira.

Ermida de Nª Srª da Orada – a capela primitva remonta ao século XVI, enquanto que a atual é uma construção da 2ª metade do século XVIII. No seu interior salienta-se um retábulo de madeira e no exterior a atenção vai para os túmulos de Francisco da Silva Cabrita, freire da Ordem de Avis e de Francisco Correia d´ Ataíde Cabrita, que participou nas lutas contra a guerrilha do Remexido, em 1833.

Porta de Sant’Ana – constitui uma das três portas do Castelo, assim designada por dar acesso à capela do mesmo nome e que desapareceu também com o terramoto de 1755. A partir dos finais do século XVIII o culto a Sant´Ana passou-se a realizar na atual capela.

S. Vicente de Albufeira – um monumento ao Frei Vicente de Santo António situado no Largo Jacinto d´Ayet. S. Vicente nasceu em 1590 na Vila de Albufeira e aquando do seu batismo, a mãe oferece-o a Nª Srª da Orada. Durante os seus estudos mostrou-se trabalhador e inteligente, o que o fez sair de Albufeira e prosseguir os seus estudos em Lisboa, tendo-se revelado um bom cantor, músico, dextro tocador de instrumentos, conhecedor de línguas clássicas, desenhador, estudante de medicina e esgrimista. A morte dos seus pais leva-o ao sacerdócio e em seguida parte para o México onde ingressa na Ordem de Santo Agostinho. Depois de muitas dificuldades conseguiu realizar o seu sonho, pregar a Fé de Cristo no Japão. Esteve preso dois anos, durante os quais foi torturado a fim de renegar à Fé Cristã. Como não o fez, foi enjaulado e levaram-no ao suplício final, a fogueira.

Igreja Matriz – em Albufeira, esta localiza-se na nascente, situa-se junto à Povoação da Guia. Trata-se de uma edificação do século XVII e tem como padroeiro a Nossa Senhora da Visitação. No seu interior é possível admirar o retábulo da Capela-Mor, uma imagem de Nossa Senhora da Visitação, provavelmente do século XVIII, as imagens de Santo António e de Cristo Crucificado, que remontam ao século XVII, as imagens da Nossa Senhora do Rosário e da Nossa Senhora das Dores, ambas do século XVIII, bem como os belíssimos azulejos que preenchem o rodapé do corpo da Igreja.

Ermida da Nossa Senhora da Guia – anterior ao século XVI, mas com o terramoto de 1755, ficou parcialmente destruída, sofrendo sucessivos melhoramentos, dos quais se destaca o do primeiro quartel do século XVIII, altura que foi colocado o atual retábulo em talha dourada, é considerada um importante testemunho do Barroco no Algarve e constitui, sem dúvida, um dos mais importantes monumentos de valor artístico do Concelho de Albufeira. Apesar do reduzido espólio, o seu interior encontra-se parcialmente revestido de azulejos policromados, salientando-se a imagem da padroeira, datada de meados do século XVII.

Ermida de São Sebastião – erguida no século XVI, ou princípios do século XVII, ficando bastante danificada aquando do terramoto de 1755, mas três anos depois já se encontrava totalmente reconstruida. A Ermida é dedicada a São Sebastião, pois segundo a tradição, foi este santo que contribuiu para o desaparecimento da Peste Negra. Do seu espólio, fazia parte uma imagem do referido Santo que atualmente se encontra na sacristia da Igreja Matriz. Trata-se de uma imagem de madeira que poderá datar do século XVII.

Castelo de Paderne – um dos que figuram na Bandeira de Portugal e foi conquistado aos mouros por D. Paio Peres Correia em 1248 e desacoitado em 1858. Classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1971, o Castelo está a ser objeto de estudo por parte do IPPAR – Instituto Português do Património Arquitetónico e Arqueológico, com vista à sua valorização e classificação das áreas envolventes à Ribeira de Quarteira como Área de Paisagem Protegida. Este estudo contempla a identificação de vários núcleos de interesse arqueológico e etnográfico, bem como a caracterização da fauna e flora existentes. Apesar dos sucessivos restauros, o seu estado de conservação encontra-se degradado e nos nossos dias apresenta apenas alguns panos de muralha, bem como o torreão de entrada e paredes mestras da sua Ermida. Nos princípios do séc. XVI, com a transferência da povoação do interior das muralhas para Norte, torna-se claro o seu estado de semi-abandono e mais tarde com o terramoto de 1755 sofre o desmoronamento parcial das muralhas e da torre albarrã.

Ermida da Nª Sª da Assunção – a antiga Paróquia de Paderne, esta encontra-se dentro do perímetro da antiga fortificação de Paderne, mas o isolamento e a ruína deste, levaram ao seu progressivo abandono, e apesar dos sucessivos restauros, foi definitivamente desativada em 1858. Tratava-se de uma pequena edificação de abóbada na Capela-Mor e de corpo fechado em madeira. Apresentando três altares, tendo no altar-mor a Sagrada Imagem da Nossa Senhora. Hoje em dia, apenas apresenta as paredes mestras, tendo-se perdido a maior parte de seu espólio.

Ermida da Nª Sª do Pé da Cruz – edificada no século XVII, tendo sofrido obras de restauro em 1711. No seu interior é possível admirar o seu retábulo do principio do século XVIII, tratando-se dum testemunho do período barroco.

Igreja Matriz de Paderne – um belíssimo templo de 3 naves e a sua construção data de 1506, com acréscimos posteriores. Aquando da transferência da povoação de Paderne do interior das muralhas 2 km para Norte, construiu-se então uma nova Igreja que viria a ser a Igreja Matriz de Paderne. O templo que se iniciou então tinha três naves, quatro tramos e cabeceira composta pela ousia e duas capelas colaterais, estando em 1554 quase concluída, faltando somente a cobertura do corpo da Igreja. Da sua arquitetura destaca-se a conjugação tardia do formulário renascentista com elementos manuelinos, nomeadamente nas cantarias dos capitéis, no arco triunfal e na cobertura de uma das capelas da cabeceira. Nos séculos XVII e XVIII procedeu-se à abertura de algumas capelas laterais no corpo da Igreja, destinadas às confrarias que aqui se sediaram e nos finais do séc. XIX foi acrescentado um tramo ao corpo da Igreja, construindo-se uma nova fachada principal (1880) e mais tarde, em 1905 procedeu-se ao aumento da torre sineira e à sua dotação com um relógio. No seu interior é possível admirar os vários retábulos, um cálice que tem como curiosidade o facto de possuir um nó esférico achatado, o que o transforma num interessante testemunho do período renascentista. De entre o espólio escultórico, composto por uma dúzia de exemplares de madeira dos séculos XVII e XVIII, salienta-se a imagem do Arcanjo S. Miguel, da época barroca.

Ponte do Castelo – de feição romana, situada no vale a sudoeste do Castelo sobre a Ribeira de Quarteira, reedificada em 1771 e onde são visíveis três arcos e dois talha-mares com a forma de prisma triangular.

Azenha – um sistema tradicional de margem, que tem por força motriz o impulso da água. Desconhece-se a data de construção desta Azenha, sabendo-se, no entanto, que estes engenhos são mais antigos que os moinhos de vento e constituem uma herança do período árabe. Na Carta de Foral concedida por D. Manuel, em 1504, já se encontram referências a estes sistemas de moagem, o que pressupõe a sua antiguidade e o importante papel que desempenharam num fundo tecnológico tradicional das comunidades que aqui viviam.

Fonte – na estrada entre Paderne e o seu Castelo, a sua existência remonta ao séc. XVIII e dada a sua importância, encontrava-se firmemente protegida pela legislação municipal da época. Integrada na zona de intervenção da Ribeira de Quarteira, possui um projeto que contempla a conservação da fonte e arranjo paisagístico dos espaços envolventes. Numa primeira fase vão ser criadas zonas de estacionamento e sanitários públicos. Posteriormente, prevê-se a instalação de quiosques para venda de artesanato e produtos regionais.

Igreja de S. José de Ferreiras – inaugurada a 30 de Abril de 2000 e localiza-se a Norte da povoação de Ferreiras. É uma construção que ocupa cerca de 1.140 m2 e que se impõe pela sua dimensão e pelo formato octogonal. A torre do campanário encontra-se encimada por um globo simbolizado a terra e um cata-vento em forma de galo, ambos em cobre. Ao centro encontra-se uma fonte com água, elemento que simboliza fertilidade e a frescura. O painel de tijolo de vidro, de cor azul, que enquadra o altar, tem à sua frente, pendente do alto, a imagem de Cristo Ressurreição, escultura em madeira do algarvio Arlindo Arez. O painel de azulejo que enquadra a pia batismal.

Estação da CP – no ano de 1918, no Número Especial de Propaganda da Praia de Albufeira, pode ler-se o seguinte “Albufeira tem estação de caminho de ferro – Parte o vapor do Terreiro do Paço às 20 em direcção ao Barreiro – chegada do comboio a Albufeira às 7.04, havendo sempre meios de transporte para a Vila”. Desde novembro de 1926, os comboios rápidos começam a parar na estação de Albufeira, no sítio de Ferreiras, sendo mais tarde, em 1938, a Empresa de Viação do Algarve iniciou a ligação entre a Vila de Albufeira e Ferreiras, através de carreiras regulares de camionetas.

Torre da Medronheira – construída durante do reinado de D. João III, servia de vigia para avisar as povoações costeiras da aproximação dos corsários.

Olheiros – ao longo da praia podem observar-se nascentes submarinas de água doce.