Para aqueles que desejam visitar a Serra de Monchique, vão estar a visitar uma zona serrana com uma grande diversidade vegetal, um património natural que obriga à sua contemplação e os ribeiros cristalinos, que esboçam meandro no fundo dos vales, um paraíso para os amantes da natureza. Subindo até ao Picota ou até ao ponto mais alto do Algarve, a Fóia, é possível aqui observar a extensão da paisagem que vai desde o Cabo de São Vicente até à Serra da Arrábida. Ainda aqui, merecedor de uma visita é o Moinho do Poucochinho, no Barranco dos Pisões, local em que se pode usufruir de um bom descanso à sombra de uma das muitas árvores classificadas existentes na serra de Monchique – um Plátano. Porém, de passagem obrigatória é as Caldas de Monchique, em que existe uma praça envolta em grandes árvores e fontes, já nas termas são banhadas pelas nascentes de água mineromedicinal, usadas desde tempos antigos pelos romanos. Nesta serra são encontradas diversas cascatas, nomeadamente a cascata do Barbelote que é uma das mais bonitas quedas de água do concelho de Monchique, já existe um acesso para automóvel a partir da estrada de Vale de Largo-Barbelote e para aqueles que vão a pé, também já existe um pequeno acesso pedonal; a cascata do Chilrão está perto da estrada que liga Marmelete ao Chilrão e a Cascata do Penedo do Buraco que se encontra perto de uma estrada alcatroada e tem assim condições favoráveis para ser visitada.

Em Vale de Boi, encontra-se o Parque de Mina, um parque temático que inclui uma casa do princípio do século XVIII, uma antiga quinta, que está povoada por mais de uma centena de variedades de aves, póneis e cabras anãs, a recriação de uma destilaria de medronho e uma carvoaria. Ainda é possível visitar uma mina desativada de extração de minério.

Paragens obrigatórias são também os miradouros, como o de São Sebastião, no centro da vila de Monchique, no Parque São Sebastião, em que se avista toda a área urbana da vila de Monchique; o miradouro da Fóia; o miradouro da Picota; o miradouro da Fonte Santa que possibilita toda a vista para a costa do Barlavento algarvio; o miradouro das Caldas, em Caldas de Monchique, no sítio do Barranco do Banho e numa zona de interesse arqueológico, sendo um bom ponto de partida para a exploração da vertente Sul da Picota, que abrange toda a vista das Caldas de Monchique e ainda se observa uma boa parte do caminho histórico do Barranco do Banho; em Alferce estão diversos miradouros: Barreiras Brancas, Monte Velho, Barranco do Demo, Altura da Choça, Altura da Benafátima; por fim, o miradouro dos Picos no monte mais alto de Marmelete, em Cerros dos Picos, e oferece um vista sobre a aldeia e sobre a costa algarvia.

Em Portugal existe um valioso e incalculável património de árvores centenárias e multissecular ou mesmo milenares. Na Vila de Monchique podemos encontrar algumas que foram classificadas como sendo de interesse público. Pela sua idade e porte, estas árvores são estritamente protegidas.

• Plátanos “Platanus Hybrida Brot” – Espécie monóica de folha caduca. Folhas alternas, com pecíolos grossos. Flores unissexuais. Está situado no Barranco dos Pisões a cerca de 3 km Norte da vila de Monchique. É uma árvore de grande porte que ultrapassa os 35 metros de altura. Vulgarmente utilizado como ornamento em parques, jardins e avenidas, também este plátano foi aproveitado como ornamento do parque de merendas que aqui se encontra. Esta árvore centenária foi classificada como sendo interesse público em 08-05-1947.
• Magnólia “Grandiflora L.” – Árvore de folha persistente. Folhas inteiras. Flores nas extremidades dos ramos, inicialmente cónicas depois cupuliformes. Este exemplar, que se julga ser o maior do Continente Europeu, está situado junto ao Convento de Nª Srª do Desterro. Pensa-se que tenha sido trazido da Índia pelo fundador do Mosteiro, que data de 1631.
• Araucária “Heterophylla” – Espécie diótica. Árvore de folha persistente. Ramos horizontais algo pendentes. Folhas ovadas a triangulares, grossas e coriáceas. É uma árvore de grande porte, muito resistente ao vento e à salinidade, originária da pequena ilha de Norfolk na Austrália. As duas Araucárias centenárias da vila de Monchique, situam-se na Quinta do Viador com altura total: 40.00 m; diâmetro médio da copa: 16,50 m.; classificação em 14-08-1993 e na Quinta da Vila, com altura total: 34.00 m; diâmetro médio da copa: 18,50 m; alvo de classificação em 14-08-1993. Em Fevereiro de 1941 um ciclone partiu as flechas destas duas árvores. Presentemente já possuem uma segunda flecha.
• Carvalho “Quercus Canariensis Willd” – Árvore até 30 metros, de copa ampla. Raminhos densamente lanosos. Folhas até 18 cm, marcescentes, sinuadocrenadas ou lobadas. Esta espécie formou em tempos a cobertura arbórea original da serra. Atualmente a sua distribuição é muito mais reduzida ocorrendo sobretudo através de árvores isoladas. A serra de Monchique constitui o único local onde a espécie ocorre no país.