Património de Viseu
Praça da República
Principal núcleo de Viseu desde 1886, esta praça também é conhecida como Rossio, e nela são distinguidas as suas valências administrativas e económicas nos edifícios da Câmara Municipal, do século XIX, do Banco de Portugal, de 1930 e da Caixa Geral de Depósitos. Nesta praça encontra-se um painel de azulejos de 1930, elaborado por Joaquim Lopes que representou o mundo rural de Viseu, destacando a figura da Capucha.
Museu Almeida Moreira
Este visa apresentar as personagens mais emblemáticas de Viseu do século XX, Francisco Almeida Moreira criou este devido à sua dedicação à arte e colecionismo. Juntamente a este espólio emblemático, encontra-se o seu acervo com um conjunto de peças distintas que vão desde as pintura às esculturas da época Moderna.
Jardim das Mães
Encontra-se no Largo Major Teles, entre parede meias com o Museu de Almeida Moreira, este jardim oferece as mais variadas tonalidades da vegetação, centrando-se numa escultura de 1940, elaborada por Oliveira Ferreira, que a dedicou a sua mãe, sobre o título “O melhor sono da nossa vida”. Este escultor foi aluno de Soares dos Reis, e a sua peça foi galardoada na XXVII Exposição da Sociedade Nacional de Belas-Artes de 1930, com o segundo lugar.
Igreja da Ordem Terceira de São Francisco
Esta igreja apresenta uma vista única sobre a Praça da República, podendo alcança-la através de uma elegante escadaria. Esta é considerada como um dos mais belos exemplares da arquitetura religiosa do século XVIII, sendo o seu interior repleto de painéis de azulejos que conta a história de São Francisco, juntamente com os retábulos em estilo rococó e um órgão do século XVIII, presente no coro alto.
Parque Aquilino Ribeiro
O pulmão de Viseu, este parque surge numa expulsão de cores, aromas e calmaria que provém tanta da sua vegetação como dos cursos de água. O seu nome é original de um dos expoentes da literatura nacional, que desde 1974 dá seu nome, Aquilino Ribeiro a este parque. Neste encontra-se a Capela da Senhora da Vitória do século XVII, um elemento que visa recordar a vitória portuguesa, nos campos de Aljubarrota.
Porta do Soar e Muralha Afonsina
A Porta do Soar é uma das mais importantes entradas no burgo medieval de Viseu, com uma estrutura do século XV, esta foi erguida em 1412, fazendo parte de uma das setes portas da cidade. O seu arco de ogiva quebrada encontra-se encimado por uma pedra de armas e por São Francisco, que tutela a porta. Esta encontra-se acompanhada por uma muralha, cuja construção demorou cerca de 70 anos, ficando apenas concluída no reinado de Afonso V, surgindo assim o seu nome de muralha Afonsina
Capela de Nossa Senhora dos Remédios
Próxima da Porta do Soar, encontra-se esta capela que evoca a Nossa Senhora dos Remédios, cuja devoção era tal, que o povo viseense exigiu a sua edificação. Na primeira metade do século XVIII, os desejos do povo e as suas esmolas patrocinaram tal, sendo tal relembrado na porta principal. No interior está decorado com painéis de azulejos e retábulos de talha dourada que representam a devoção das gentes de Viseu.
Catedral de Viseu
Encontra-se num dos pontos mais altos de Viseu, coroando uma das mais belas praças de Portugal, esta catedral foi edificada nos inícios do século XII, remontando à Sé de Viseu associada a um paço condal e a um castelo, esta obteve inúmeras remodelações entre os século XIII e XII. No interior encontra-se um claustro renascentistas, o primeiro de Portugal, juntamente com uma abóbada de nós do século XVI, tal como o braço relicário de São Teotónio, o primeiro santo português. Na antiga Sala Capitular encontra-se um museu focado para o Tesouro da Sé, com um espólio com mais de 900 anos da catedral, passeio dos Cónegos, uma loggia que oferece uma das mais belas vistas sobre Viseu.
Museu Nacional de Grão Vasco
Perto da Sé de Viseu, este antigo seminário seiscentista foi criado em 1916, em honra do mestre da pintura portuguesa do século XVI, que nesta cidade viveu e faleceu, Vasco Fernando/Grão Vasco. Neste encontram-se obras-primas da pintura renascentista portuguesa, juntamente com o retábulo da Catedral de Santa Maria de Viseu, a pintura de São Pedro, acompanhando-se por um conjunto de peças cuja representação de arte e pintura portuguesa, foram classificadas como “Tesouro Nacional”.
Igreja da Misericórdia
Um edifício do século XVI, erguido sobre a direção de D. Jorge de Ataíde, bispo de Viseu. No século XVIII foi requalificada promovendo-se nela o estilo barroco, presenta até aos dias de hoje. No interior encontra-se um órgão de tubos da segunda metade do século XVIII e uma pintura a óleo de autoria de “Pintor Gata”, um artista viseense do século XIX, que demonstra Nossa Senhora da Misericórdia. Este também apresenta um núcleo museológico que é contemplado por centenas de objetos que visam dar a conhecer a história e figuras, que dão essência a uma das instituições mais antigas de Portugal, ao longo dos séculos.
Casa do Miradouro
Presente no Largo António José Pereira, está um vestígio da arquitetura civil renascentista, único em Viseu. Esta casa do século XVI, foi desenha por Francesco de Cremona, arquiteto italiano, que também projetou o claustro da Catedral de Santa Maria de Viseu. Ao atravessar um portal acompanhado por pilastras jónicas, encontra-se uma das mais curiosas coleções arqueológicas, a coleção de Dr. José Coelho, uma personalidade viseense do século XX, sendo que esta visa dar a conhecer testemunhos arqueológicos da cidade de Viseu. Esta casa é envolvida por jardins que apresentam marcos miliários da época romana.
Praça D. Duarte
Juntamente com o Adro da Sé, tornam-se uma das mais antigas praças de Viseu, tendo sido batizada com o nome de D. Duarte, rei português, que nasceu nesta cidade no ano de 1391. No topo desta encontra-se o Passeio dos Cónegos, também se encontra nesta a estátua de El-rei D. Duarte, o Eloquente, os frescos da casa de Almeida e Silva, pintor e escultor viseense do século XX.
Rua Augusto Hilário
Para quem deseja viajar no tempo, esta rua percorre as ruelas do burgo medieval viseense, apresentando as casas sobradas, com janelas manuelinas e a casa onde Augusto Hilário, nasceu. Este fadista do século XIX também é uma das principais referências do Fado de Coimbra.
Casa das Memórias
Com um traço medieval que durante anos foi local de um debate científico, que investigadores consideravam erradamente como sinagoga da judiaria, encontrando-se sim, entre a rua da Senhora da Boa Morte e a rua da Senhora da Piedade. Esta casa é um espaço museológico que visa reviver a memória dos viseenses apresentando figuras, espaços e memórias.
Rua Direita
Principal artéria de Viseu, desde o período romano, que seria o eixo viário, o Cardus Maximus, e já na época medieval era conhecida como a rua das Tendas. No século XV, passou-se a chamar de rua Direita pois interligava diretamente as duas portas da cidade, a extinta porta de São José e a Porta dos Cavaleiros. Ao longo dos quinhentos metros de extensão encontram-se casas sobradas, casas senhoriais, janelas manuelinas e diversas lojas comerciais, que fazem sentir a alma e o espírito viseense, ao longo dos séculos e milhares de anos de história.
Igreja do Carmo
No Largo de Santa Cristina, esta igreja com um traço barroco sóbrio esconde no seu interior um manifesta da arte barroca, contando com um teto em perspetiva com uma talha dourada acompanhado por retábulos e painéis que revestem as suas paredes, uma obra de arte que confere o sagrado a esta.
Muralha Romana da Rua Formosa
Na rua Formosa, encontra-se um dos vestígios mais emblemáticos da presença romana em Viseu, um fragmento de uma muralha edificada no ano de 360, envolvendo a cidade, podendo apenas acedida por quatro portas e deixava-se acompanhar por torreões semicirculares. Este fortificado foi erguido enquanto a cidade seria uma capital civitas importante, durante a época romana, quando se deve a pressão de invasores bárbaros do centro da Europa.
Capela de Santo António do Solar dos Condes de Prime
Considerada como um dos mais belos exemplares da arquitetura solarenga de Viseu, esta capela dedicada a Santo António foi erguida em 1751, data presente na epígrafe do portal da capela. Já o seu interior apresenta um esplender barroco com as pinturas em perspetivas, painéis de azulejos e belas talhas douradas.
Cava de Viriato
Um dos maiores mistérios da história de Viseu e da arqueologia portuguesa, esta cava também é considerada como uma das mais emblemáticas obras de engenhos da Península Ibérica, sendo composta por uma planta octogonal com oito taludes em terra, em que cada apresenta 250 metros de comprimento, associados a fosses de água. Não é conhecido o autor deste monumento.
Casa da Ribeira
Um espaço dedicado às lembranças e aos saberes das gentes que lavravam o campo, este edifício albergou uma oficina de ferro forjado, um armazém, uma taberna e uma habitação para estudantes. Atualmente visa manter a sua ligação às memórias da sua terra, apresentando um artesanato e preservando as tradições do povo desta região, sendo um espaço de cultura e saber popular.
Porta dos Cavaleiros
Próximo da Casa do Arco ou Solar dos Albuquerques – edificado do século XVII, encontra-se uma das antigas portas que fariam acesso à cidade medieval de Viseu, encontrando-se junto desta a Fonte de São Francisco, de características barrocas e em honra de São Francisco, este foi imortalizada por Camilo Castelo Branco na obra “Amor de Perdição”, uma vez que foi neste local, que o autor descreveu o confronto entre Simão Botelho e Baltazar Coutinho.
Igreja de Santo António
Agregada ao Mosteiro do Bom Jesus, este foi fundado em 1560, pela ordem de pelo bispo de Viseu D. Nuno de Noronha, no Largo Mouzinho de Albuquerque. O interior encontra-se envolvido por uma expressão artística proveniente do barroco, com os painéis de azulejos que retratam a vida de São Bento e de Santa Escolástica, já o altar-mor, a talha dourada que envolve, representa o expoente máximo do barroco. Este mosteiro albergou as primeiras monjas beneditinas que vinham do mosteiro de Ferreira de Aves, em Sátão, desde 1592, sendo estas responsáveis pela doçaria viseense.
Jardins do Paço Episcopal do Fontelo
Entrando no jardim renascentista, é como regressar ao século XVI, estando influenciado por criações italianas, impulsionado por D. Miguel da Silva, Bispo de Viseu. Este jardim apresenta um cenário idílico que promove o relaxamento, com a pequena cascata e vegetação colorida com aromas das camélias, as falsas-tuias e as azaléias.
Museu do Quartzo
A seis quilómetros de Viseu, no Monte de Santa Luzia, que albergou um castro da proto-história que foi alvo de extração de quartzo, durante 25 anos, deixando apenas uma cratera, “janela para o interior da terra”, sendo aproveitada para a criação de um museu, que visa a explicação da importância mineralógica, geológica e comercial do quartzo.
Mosteiro de São Francisco de Orgens
Encontra-se a quatro quilómetros de Viseu, este mosteiro pertenceu à ordem Franciscana, sendo fundando em 1408. Este foi considerado como um modelo exemplar da disciplina e querido do povo que doou para a sua construção. Este encontra-se envolvido por uma paisagem que apela ao sossego e relaxamento.
Solar do Vinho do Dão
Do século XII, este também é conhecido como Paço Episcopal, tendo sido residência dos bispos de Viseu até ao século XX. Este solar apresenta diversas histórias e memórias, sendo um lugar de cariz único e que atualmente acolhe a Comissão Vitivinícola Regional do Dão. Esta é um ponto de partida para uma das rotas mais sensoriais e únicas de Viseu, a Rota do Vinho do Dão.
Necrópole Megalítica da Pedralta
A 25 quilómetros de Viseu, e próxima da pequena povoação de Côta, esta necrópole é composta por cinco monumentos, sendo o maior dele a Anta Maior da Pedralta, juntamente com 20 dólmens, que alcançam a povoação de Sanguinhedo e Nogueira de Côta. Esta descoberta foi feita por José Coelho, arqueólogo viseense, em 1912. Sendo que o espólio das suas escavações encontram-se na Casa do Miradouro, em Viseu.