Património de Guarda
Sé Catedral da Guarda
Aquando a transferência da sede de Bispado para Guarda, em 1203, por influência de D. Sancho I, surge a necessidade de se construir uma Sé Catedral. Esta ergue-se de um edificado primitivo, em 1390, que devido à sua magnitude e envergadura, ficou apenas concluída em contexto manuelino, no século XVI. No seu interior encontra-se uma conceção gótica, salientando o retábulo do altar da cabeceira, que foi esculpido em pedra de ançã, representando episódios da Vida de Cristo, atribuindo à escola de João de Ruão. No geral, as suas características construtivas e estéticas fazem com que este monumento seja um dos maiores a nível da arquitetura portuguesa.
Torre de Menagem
Remonta ao século XIII, fazendo parte de uma estrutura militar e residencial apelidada de Alcáçova, um paço fortificado em que residia o alcaide-mor e sua família, atualmente apenas permanece esta torre com mais de mil metros de altitude.
Chafariz de Santo André
Remonta ao século XVIII e proveio da aldeia da Vela, tendo sido transportado para a cidade de Guarda. Este monumento do estilo barroco apresenta diversos elementos escultórios, em que se salientam os motivos marinhos, com golfinhos ou as suas bicas em forma de monstros.
Antigo Sanatório da Guarda
Numa localização privilegiada sobre Guarda, que lhe conferiu uma superioridade climática, as suas origens provém dos finais do século XIX, num período em que se iniciou a luta contra a tuberculose. Em 1907, rainha D. Amélia e o rei D. Carlos I inauguraram os Pavilhões do Sanatório, que foram classificados como Imóveis de Interesse Público. Estes são acompanhados por um conjunto de árvores centenárias, salientando as sequoias gigantes, Sequoiadendron giganteum, este conjunto florestal foi classificado também como Interesse Público.
Antigo Convento de S. Francisco
Este convento foi fundado no século XIII pelos frades franciscanos, tendo sido construído num sítio afastado das muralhas da cidade. Atualmente, neste edifício funciona como Arquivo Distrital da Guarda, que necessitou de reconstruções do edificado primitivo, sobre os século XVI e XVII. No seu interior encontra-se a igreja, o pátio fechado e o claustro do convento, uma fonte de tanque circular, com coluna rematada por esfera armilar.
Antigo Paço Episcopal e Seminário
Este conjunto começou a ser construído no século XVII, sob direção do Bispo da Guarda D. Nuno de Noronha, estando inserido no estilo Chão, exibindo fachas austeras, sem elementos decorativos, sendo apenas a cornija que apresenta as gárgulas de canhão. Este conjunto apresenta-se em U, estando no centro a Capela do Paço Episcopal, envolvida pelo corpo do antigo Seminário, onde se encontra o Museu da Guarda, e pelo antigo Paço Episcopal, que hoje em dia é o Paço da Cultura.
Igreja da Misericórdia
Perto da Porta dos Ferreiros, esta igreja da época Barroca é um dos edifícios mais importantes da cidade, desde o século XVIII, apesar de ter uma estrutura primitiva. Numa planta longitudinal, esta apresente uma nave apenas, com um arco repleto de ornamentos barrocos e que apresenta as armas reais de D. João V, já no tipo da fachada encontra-se um nicho que alberga a imagem de Nossa Senhora da Misericórdia.
Porta e Torre dos Ferreiro
Com a criação da cidade de concessão do foral, por D. Sancho I, surge a necessidade de construir um sistema defensivo que incluiria a alcáçova e uma malha amuralhada, que abrigariam as casas, paços e igrejas. Neste sentido, foram erguidas as muralhas rasgadas pelas portas monumentais, como a Porta dos Ferreiros, que era protegida pela sua torre.
Praça Luís de Camões
Antiga Praça Velha, que proporcionou muito mais do que um espaço público, este alberga a Sé Catedral, Paços do Concelho, de 1570, sendo assim esta é envolvida pelo poder religioso, civil, administrativa, político e judicial, que também se deixam envolver pelo nobre casario, como o Solar dos Póvoas, que atualmente acolhe o Welcome Center da Guarda, e também o conjunto arquitetónico seiscentista, Edifício dos Balcões.
Solar dos Póvoas
Do século XVIII, este encontra-se na praça do interior amuralhado, estando de frente à antiga casa da câmara. De salientar é a fachada que apresenta uma galeria avarandada, oferecendo a este a distinção de um dos mais belos solares de Guarda.
Porta d’el Rei
Na malha amuralhada, que está rasgada pelas portas monumentais, estando estrategicamente localizadas, nos pontos de contacto direto com o exterior nomeadamente Covilhã e Castela, via Almeida e com Celorico, partindo daqui com a legendária Estrada da Beira, uma das vias de grande notoriedade em Portugal da Idade Média e da Idade Moderna, que interligavam Celorico a Coimbra e a Lisboa.
Antigo Bairro Judaico
A presença judaica encontra-se documentada desde o século XIII, sendo uma das comunidades dos mais importantes da Beira Interior. Este bairro localizava-se na Paróquia de São Vicente, entre a rua de São Vicente e o Largo de São Vicente, próximos dos principais eixos viários, podendo encontra-se na circulação central da cidade, incrementando o desenvolvimento da atividades económica. Entre tradições e atividades, a Sinagoga encontra-se numa habitação aforada ao monarca, um ponto de práticas religiosas, educativas e judiciais.
Igreja de São Vicente
No interior das muralhas medievais, esta igreja encontra-se descrita em fontes o do século XIII. Um monumento do estilo barroco, fortemente promovida pelo bispo D. Jerónimo Rogado de Carvalhal e Silva. A sua fachada principal é acompanhada por duas torres sineiras, sendo rasgada ao centro por um portal em arco abatido, estando sobreposto pelo janelão do coro-alto e pela pedra de armas do bispo. Já, no seu interior encontra-se um trabalho de azulejos, nas tonalidades de azul e branco, envolvidas por molduras policromas, representando as cenas de Nossa Senhora e da vida de Cristo.
Torre Velha
Após erguida a cidade e recebido o foral de D. Sancho I, foi construído um castelo romântico que apenas restou a sua torre, denominada a Torre Velha, fazendo parte de um complexo militar que era composto por uma torre, no centro de um pático envolvido por uma linha de muralha.
Porta da Erva
Também conhecida como Porta da Estrela, esta faz parte do sistema defensivo da cidade de Guarda, sendo uma construção do século XIII.
Rua Francisco de Passos
Também conhecida como rua Direita, uma artéria que é composta por um eixo principal do burgo medieval, bastante procurada pelos mercadores e comerciantes ao longo dos anos. Por esta vão sendo encontradas casas de fachada quinhentista, em que algumas estão ornamentadas por janela manuelina, entre outros, encontram-se edifícios de arquitetura filipa que são embelezados por janelas de canto e gárgulas de canhão.
Antigos Paços do Concelho
Presentemente na atual Praça Luís de Camões, esta antiga casa da câmara da Guarda encontra-se de frente para a Sé Catedral, dentro da linha amuralhada. O seu edificado remonta ao ano de 1570, monumento declarado pelo início da arquitetura renascentista. A sua fachada encimada pro uma cornija com gárgulas de canhão, é dominada pro um pórtico monumental, assentando-se sobre pilares monumentais, no segundo piso encontram-se três janelas de sacada a envolverem dois brasões, o da cidade e o do Reino.